Repassando informações
Belieber's POV
Já estávamos na metade do período
vespertino daquele dia quando finalmente retornamos ao carro, saindo de um
restaurante. Trocentos quilos mais gorda, com quase toda a pele do corpo meio
irritada pelo processo de depilação, as unhas dos pés e das mãos feitas e ambos
muito hidratados, o cabelo completamente regenerado e com um corte decente,
entre outras coisas; eu estava pronta para ir para casa, completamente exausta
daquele programa de menininha.
Embora eu estivesse no meu último nível de cansaço, pronta para voltar para casa e colocar uma toalha gelada na testa para tentar me aliviar de um estresse que eu pusera em mim mesma; Manuela parecia ter saído de um comercial de roupas de banho, totalmente saltitante e glamourosa. Era para deixar qualquer um em depressão assistir aquele sorriso dela que nunca morria e a sua animação quase contagiante ao entrar no carro.
Ansiosa para chegar em casa, deixei o local o mais rápido possível, tentando desviar minha atenção para a paisagem e para os carros ao nosso redor, ao invés de voltar a me sentir incomodada. Ao fundo, o tagarelar divertido de Manuela me impulsionava mais ainda a querer conversar, a querer falar.
Suspirei, desconexa ao clima agitado de minha amiga.
– O que foi, (Seu nome)? – indagou, interrompendo seu falatório – Você está tão avoada, amiga. Está tudo bem?
Embora eu estivesse no meu último nível de cansaço, pronta para voltar para casa e colocar uma toalha gelada na testa para tentar me aliviar de um estresse que eu pusera em mim mesma; Manuela parecia ter saído de um comercial de roupas de banho, totalmente saltitante e glamourosa. Era para deixar qualquer um em depressão assistir aquele sorriso dela que nunca morria e a sua animação quase contagiante ao entrar no carro.
Ansiosa para chegar em casa, deixei o local o mais rápido possível, tentando desviar minha atenção para a paisagem e para os carros ao nosso redor, ao invés de voltar a me sentir incomodada. Ao fundo, o tagarelar divertido de Manuela me impulsionava mais ainda a querer conversar, a querer falar.
Suspirei, desconexa ao clima agitado de minha amiga.
– O que foi, (Seu nome)? – indagou, interrompendo seu falatório – Você está tão avoada, amiga. Está tudo bem?
– É... Bem! – concordei, meio
conturbada com minhas próprias opiniões – Ah, eu sei lá.
– Ai, ai, (Seu nome), desde que eu
falei sobre despedida de solteira, você está com essa carinha abatida. Eu sei
que você é super chata com essas coisas, mas será que não dá para você se abrir
comigo pelo menos uma vez? Quero dizer... É claro que tem alguma coisa
acontecendo!
– É complicado...
O semáforo vermelho me fez parar, impedindo que eu me desviasse do olhar de Manuela e, assim, virando-me para ela, percebi que eu não tinha mais armas para lutar naquele diálogo. Lá estava minha melhor amiga com seu melhor olhar pidão, encurtando todo aquele processo de implorar, porque simplesmente era impossível dizer "não" àquilo. Eu tinha até medo de pensar no que ela poderia conseguir com aquele tipo de psicologia silenciosa.
O problema é que, mesmo assim, eu não sabia como que eu deveria começar o meu relato, porque, ao menos para mim, dizer algo como aquilo merecia toda uma preparação interior. E, embora eu fosse ótima em ficar dando voltas nos assuntos, naquele momento eu queria começar e encerrar aquela conversa – e aquela lembrança – o mais rápido possível.
– Manuela... – respirei fundo, voltando a acelerar o veículo, quando o sinal ficou verde mais uma vez – Lembra como eu fiquei nervosa quando você chegou lá em casa com o Justin?
– Ai, (Seu nome), você ainda está
nessa? – queixou-se Manuela, revirando os olhos – Achei que já tivesse deixado
essa implicância passar, afinal, você mesma não o convidou até para o seu
casamento?
– Hã... É, eu sei, mas você tem que
admitir que eu nunca escondi que tê-lo na minha casa me deixava um pouco
incomodada!
– Tudo bem, eu tenho consciência
disso, mas... – ela parecia preocupada, de fato – Aonde isso vai nos levar,
hein?
Respirei fundo, antes de morder o lábio inferior. Eu estava tentando reunir forças para passar por um dos momentos mais humilhantes da minha vida. A ideia era simplesmente dizer em alto e bom som que eu era uma traidora sonsa e não podia haver nada no mundo que me desse mais vergonha, porque eu sempre condenei traição. Como é que, de uma hora para outra, eu poderia ter me submetido aquilo?
– Eu e Justin nos beijamos! – soltei, enquanto ligava o rádio e colocava-o em um volume considerável, tentando frear meus pensamentos.
– Vocês o quê? – berrou,
completamente histérica.
– Não finge que você não ouviu, pelo
amor de Deus, porque eu não vou conseguir dizer de novo. Além disso, não se
faça de sonsa, porque eu tenho certeza que o seu amiguinho Justin já tinha
comentado sobre isso com você, não é?
– Eu ouvi, mas eu não acredito! E
Justin não falou nada comigo. Quisera eu que ele tivesse me contado e acho que
ele também queria falar sobre isso, mas não o fez. De qualquer forma,
isso é... – Manuela riu, suavemente, parecendo satisfeita com aquilo – Ótimo!
– Não! – a repreendi – Não é nada
ótimo! É horrível. Manuela, eu vou me casar em três dias e eu acabo de te dizer
que beijei outro homem. Você consegue entender isso?
– Ah, verdade, né?
Apesar de Manuela ter aparentemente se lembrado da gravidade da situação, isso não diminuiu seu contentamento. Ela estava tão radiante com o que eu acabara de dizer que nem conseguia conter suas risadinhas de felicidade. Assim, precisei me controlar e muito para não empurrá-la para fora do meu carro ou tirar o sapato e começar a enfiar o salto do mesmo naquele lindo rostinho dela. Eu precisava ter em mente que não era de hoje que Justin era o protegido de Manuela, ou seja, eu não podia esperar menos que isso de sua reação.
– Mas me diga, (Seu nome) – ela pareceu finalmente hesitar, antes do que veio em seguida –, o que raios esse beijo significou, hein?
– O quê? – quase perdi a direção do veículo rapidamente após ouvir isso – Nada! Manuela, não seja ingênua, esse beijo não significou absolutamente nada. Para você ter uma ideia, nem foi algo recíproco. Foi Justin quem me agarrou e me beijou a força. Repetindo para você entender bem... Foi contra a minha vontade.
A pergunta de Manuela me pegou um pouco desprevenida. Eu esperava tudo, que ela pulasse de alegria, começasse a defender o Justin como sempre fazia e, até surpreendentemente, me censurasse, mas essa pergunta desmontou todos os argumentos que eu programara cuidadosamente. Era golpe baixo ela apelar para tentar entender o momento, porque até então, eu mesmo não o entendia.
Tinha sido um beijo, só isso, sem definição, só a representação de uma palavra.
Porém, eu podia negar para todo mundo, menos para mim mesma, que eu tinha gostado. Não total ou sentimentalmente, porque o que eu tinha feito era errado demais para ser prazeroso, mas se tinha algo que Justin Bieber sabia fazer era beijar. Isso era completamente desconcertante, mas inegável. Aquele beijo – bem estruturado em um momento inesperado – tivera mais efeito sobre mim do que ousara pensar.
– Mas você gostou... – não era uma pergunta.
– Ah, claro! Só porque você quer, né? – ironizei, encobrindo minha mentira.
– Nossa, (Seu nome), você está me
tratando como se fosse eu quem tivesse te beijado. – ela riu, analisando minha
expressão – Pode ficar calma, eu estou bem longe disso. Mas eu gostei muito de
ficar sabendo disso. Quero dizer, de você ter me contado, ao invés de guardar
para si mesma...
– É, eu sei que eu não costumo fazer
muito isso, mas... – suspirei, quase com vergonha de dizer aquilo – Eu não
consigo parar de pensar nesse beijo idiota!
– E isso porque não significou nada,
hein? – cantarolou, sarcástica.
– Manuela!
Eu já sonhara com isso tantas vezes mesmo.
– Manu – interpelei, voltando a me sentir chateada –, tem mais...
– Mais? – ela pareceu surpresa, voltando-se a virar para mim – Nossa, você está muito falante hoje, mas diga. Sou toda ouvidos.
– Bom, Justin me beijou... Volto a repetir, à força, no meio de uma conversa estressada que estávamos tendo, noite retrasada. – dei ênfase na questão de ter sido contra a minha vontade para não lhe dar falsas esperanças – E, depois do ocorrido, ele se queixou de umas dores e disse que... Bem, ele se lembrou do nosso primeiro beijo!
– Nossa! – arfou Manuela, encarando-me.
Finalmente uma reação coerente. A expressão perplexa de Manuela era um retrato perfeito da minha reação quando escutei as alegações de Justin sobre aquele Natal já passado. A única diferença era que eu, infelizmente, havia ficado um pouco mais abalada emocionalmente, eu tinha que admitir. Aquele meu choro não fora à toa, nem fácil de lidar.
– Eu sei... – concordei com sua surpresa, tentando manter os olhos na estrada. – Dá para acreditar?
– Dá. – respondeu, de imediato – Soa incrível, mas não é algo que Justin possa maquiar. Ele não porque mentir usando esse pretexto, se é que você me entende.
– Eu tenho certeza disso. Eu preferia acreditar que ele estava mentindo, mas não dá. Principalmente depois de ele ter me olhado nos olhos para descrever a data, como eu estava e até como eu cheirava.
– E isso mexeu com você, não foi?
– Não... Quero dizer, sim. Bem, eu não sei, Manuela, mas... – eu não estava mais conseguindo lidar com aquele tipo de conversa no meio do caminho; tirava minha concentração – É tão injusto!
– É, é sim. – ela fez um biquinho de solidariedade à minha confusão – E eu sinto muito mesmo por isso!
Eu apostava que sim, era terrível. Não que eu estivesse cedendo à alguma espécie de autopiedade, mas, mesmo assim, eu tinha que encarar que o universo tinha um sério problema com a minha pessoa. Eu não podia me encontrar satisfeita sem que alguma coisa incrivelmente cruel brotasse na minha vida para me fazer perder o controle – e quase sempre isso acontecia.
Viver não era tão fácil quanto dirigir. E, naquele momento, nem dirigir estava sendo tão fácil assim.
– (Seu nome)... – miou Manuela, agora totalmente virada para mim, quase se sufocando com o cinto de segurança – Promete que você vai tomar cuidado?
– Com o quê? – franzi o cenho, ansiosa.
– Você. – respondeu, séria. – Você sabe que eu me importo com você, então, por favor, não culpe a si mesma, não tente achar respostas para coisas que não precisam de perguntas, não se feche, ok? Deixa a vida seguir, sem se preocupar tanto, e tudo ficará bem!
– É, eu espero que sim. Obrigada, Manu! – assenti, dissimulando um bom humor – Não se preocupe, ok? Você não vai precisar roubar nenhum relacionamento meu dessa vez!
– Nossa, isso fui cruel! Feriu minha sensibilidade... – falou, sem parecer realmente se importar com a minha piadinha de mau gosto, ainda me fitando cuidadosamente – Mas, falando sério agora, eu te amo. Vê se não esquece...
– Eu te amo também!
A morena se calou, após um meio sorriso. Tentei ficar quieta também, mas por baixo do meu silêncio, meus pensamentos questionavam o que estava passando pela cabeça de Manuela, naquele instante. Eu sabia que ela tinha feito poucas perguntas para saciar aquela curiosidade aguçada dela. Alguma coisa não estava certa, ela estava calma e paciente demais. Eu havia acabado de contar que havia beijado outro cara, estando noiva, e mesmo assim ela não estava histérica como deveria e isso não fazia sentido, a menos que...
A menos que ela já esperasse por isso.
Porém, eu tivera o cuidado de não lhe prometer nada formalmente em relação à minha reação ao ocorrido, porque, embora soubesse da real preocupação de Manuela comigo, não tinha como eu me precaver de mim mesma – exatamente porque eu me conhecia. Eu me conhecia o suficiente para ter a certeza de que não poderia garantir minha integridade emocional por enquanto. Pelos menos, não enquanto minha vida estivesse sendo completamente bagunçada. Não enquanto Justin Bieber estivesse por perto.
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Esse é o capítulo 28, anjinhos.
Eu sei, curto e sem graça, mas... Eu não tenho nada mais que isso para oferecer por hoje, porque eu estou muito cansadinha, começando a ficar resfriada (o que é uma porcaria, porque isso significa estar com dor de garganta e isso me irrita muito, gente!) e, então, embora eu saiba que está em um nível muito bom, por hoje é só, mas mais ou menos por volta de sábado, terá capítulo decente aqui para vocês, anjos!
Por hoje, dois avisozinhos importantes. O primeiro é que o "Devaneio" agora é afiliado do blog de ib da Maju, que eu citei aqui no capítulo passado. Isso é uma coisa muito legal e importante, porque é a primeira vez que acontece e é muito legal. Um super obrigada para essa coisa fofa! :)
O segundo aviso é que o capítulo de hoje é dedicado a minha coisa linda, Carol, que, como TODO MUNDO SABE me acompanha no blog há muito tempo. Bom, às vezes, ela dá uma sumida e quebra meu coraçãozinho, mas quando ela volta (e ela sempre volta!) é super amor, então o abraço mais nhonhonho do mundo para ela. Love u, baby!
E, por hoje é isso, eu espero que vocês tenham gostado. Hoje é aniversário do meu irmão (parabéns para ele!), o que significa que falta uma semana para o meu aniversário, hahahaha, então eu não estou tão ansiosa assim, mas é bom lembrar. E jogando ainda conversa fora, o Brasil está fora da disputa pelo Hexa agora, mas, como eu disse no twitter (não nessas palavras, mas tô propagando amor por lá), foi um jogo apenas, os meninos são bons, a seleção ótima e nós vamos chegar no Hexa em breve. Relaxem, porque o Brasil ainda tem muita coisa para conquistar (e eu não estou falando somente de futebol, rs). #LETGO