Tentativa
Belieber's POV
Nós estávamos deitados no sofá, checando a
lista de convidados mais uma vez, após o almoço. Já era a quarta vez que eu ia
citando o nome de cada pessoa que eu havia anotado há alguns meses atrás e
Harry ia confirmando que tinha sim mandado o convite para todos aqueles. Com a
correria do final da turnê, eu acabei deixando boa parte dessa etapa para ele
executar e, embora eu confiasse nele, ainda tinha algumas dúvidas sobre o meu
próprio desempenho em arrumar tudo.
– (Seu nome), não chega, não? – resmungou
ele, parecendo frustrado.
– Só mais um pouquinho, Harry, por favor... – pedi, com aquele miado lento que eu nunca deixara se perder – Vamos só mais uma vez, só para me certificar que está tudo certo!
– Nós já fizemos isso três vezes. – argumentou – Quero dizer... A menos que você tenha conhecido uma pessoa nessa última uma hora, coisa que eu sei que não aconteceu, nós chamamos todos os nossos parentes e amigos mais próximos!
– Tudo bem, então! Eu vou parar, mas fique sabendo que internamente eu estarei me remoendo de dúvida e de preocupação em deixar tudo certo.
– Ah, é? Então, vem cá que eu te aquieto! – ele riu, antes de se colocar em cima de mim.
– Só mais um pouquinho, Harry, por favor... – pedi, com aquele miado lento que eu nunca deixara se perder – Vamos só mais uma vez, só para me certificar que está tudo certo!
– Nós já fizemos isso três vezes. – argumentou – Quero dizer... A menos que você tenha conhecido uma pessoa nessa última uma hora, coisa que eu sei que não aconteceu, nós chamamos todos os nossos parentes e amigos mais próximos!
– Tudo bem, então! Eu vou parar, mas fique sabendo que internamente eu estarei me remoendo de dúvida e de preocupação em deixar tudo certo.
– Ah, é? Então, vem cá que eu te aquieto! – ele riu, antes de se colocar em cima de mim.
Rapidamente, Harry retirou das minhas mãos
o grosso bloco onde eu havia anotado o nome de todo mundo, antes de começar a
beijar o meu pescoço devagar. Não consegui segurar um fino grito de surpresa,
já que em uma fração de segundos eu havia saído de um momento de extrema
concentração para um de distração e atração total. Esse lado mais atirado do
meu noivo era tão bom que deveria ser censurado!
– (Seu nome), você deveria frequentar mais
a igreja para se purificar um pouco, sabia? – ele indagou, sério, se afastando
um pouco de mim.
– Eu? Por quê? – me surpreendi, ofendida – Eu não sei se você reparou, senhor, mas foi você quem se jogou em cima de mim, sem aviso prévio!
– Sim, eu reconheço isso, mas foi você quem começou a gritar descontroladamente, sem que eu sequer fizesse alguma coisa minimamente aceitável para isso. Não que eu não saiba que você gosta de tudo isso, mas você deveria aprender a se controlar um pouco mais...
– Harry, pelo amor de Deus, você acha mesmo que eu gritei por sua causa? Você deveria se colocar mais no seu lugar. – dissimulei, com a melhor cara de cínica que conseguia – Eu estava gritando unicamente porque me desesperei pensando em tudo o que nós ainda temos que conferir...
– Ah, não, (Seu nome), chega! – ele me fuzilou com os olhos – Você deveria se calar, porque quieta você fica muito mais bonita.
– Eu? Por quê? – me surpreendi, ofendida – Eu não sei se você reparou, senhor, mas foi você quem se jogou em cima de mim, sem aviso prévio!
– Sim, eu reconheço isso, mas foi você quem começou a gritar descontroladamente, sem que eu sequer fizesse alguma coisa minimamente aceitável para isso. Não que eu não saiba que você gosta de tudo isso, mas você deveria aprender a se controlar um pouco mais...
– Harry, pelo amor de Deus, você acha mesmo que eu gritei por sua causa? Você deveria se colocar mais no seu lugar. – dissimulei, com a melhor cara de cínica que conseguia – Eu estava gritando unicamente porque me desesperei pensando em tudo o que nós ainda temos que conferir...
– Ah, não, (Seu nome), chega! – ele me fuzilou com os olhos – Você deveria se calar, porque quieta você fica muito mais bonita.
Com esse pretexto descabido de querer fazer
com que eu ficasse quieta, Harry me beijou vorazmente, pressionando tanto seu
corpo contra o meu que eu me senti quase afundando no sofá. Acompanhando seu
ritmo intenso, cravei minhas unhas em sua nuca, enquanto descia a outra mão
pelas suas costas e puxava devagar sua blusa. Alguma parte de mim sabia
perfeitamente que eu não devia permitir que ele me distraísse assim tão
facilmente, mas eu havia ficado tanto tempo sem aquilo que era complicado, para
mim, resistir.
Mas, ainda assim, eu não conseguia esquecer
tudo o que eu tinha que fazer. O beijo de Harry era como um escape de todos os
problemas, mas não era sobre algo negativo que estávamos falando no momento e,
sim, sobre o nosso futuro. Mais do que tudo, eu queria que o dia do nosso
casamento fosse perfeito, porque não seria mais sobre especulações e fofocas em
uma revista. Seria o nosso dia, só nosso, sem qualquer sombra de imprensa em
cima da gente. Seria uma data para lembrar para sempre...
Além disso, eu também queria deixar claro
para todos os nossos conhecidos, que antes acreditavam que nós dois não iríamos
durar muito tempo, pois ainda era coisa de criança, que o nosso relacionamento
era realmente sério. Afinal, nem todo mundo parecia compreender isso há certo
tempo atrás...
Eu estava quase me arrependendo de ter
pedido para que o Lucas me visitasse naquele final de semana, afinal, eu não
queria que ele saísse do país onde estava começando a faculdade apenas para vir
reclamar no meu ouvido. Aliás, até onde eu sei, eu não pago essas viagens desse
loiro safado para ele ficar de um lado para o outro, reclamando do que eu ando
fazendo ou deixando de fazer.
Eu compreendia que ficar sabendo da notícia
que eu estava ficando com um moreno suspeito através de fansites ao invés de
pela boca da própria melhor amiga deveria ser um pouco chato para Lucas, mas
não era motivo para tanto drama. Além disso, eu só ainda não contara para ele
por falta de oportunidade. Eu não tinha culpa se esses papparazzis ridículos
são muito mais rápidos do que eu.
“Ai, (Seu nome), não é possível que eu não
possa te deixar sozinha por um tempo, sem que você se meta em confusões.”, ele
voltou a reclamar. “E não venha me dizer que não são confusões, porque se você
estivesse tão segura disso, com certeza, teria me falado sobre esse garoto há
mais tempo!”
“Lucas, por favor, não complica as
coisas...”, pedi, tentando ser paciente. “Olha, você vai me deixar explicar ou
vai ficar aí, resmungando sem nem saber direito o que está acontecendo com a
sua melhor amiga?”
“Tudo bem, comece a falar!”, falou, se jogando na cama em que eu estava.
“Tudo bem, comece a falar!”, falou, se jogando na cama em que eu estava.
Eu ainda não tinha certeza se o loiro
estava tão disposto assim a me ouvir e mesmo acreditar no que eu tinha a dizer,
mas aparentemente não havia muitas outras opções. O único problema é que eu não
sabia bem o que dizer, afinal, eu ainda não tinha conseguido explicar a
situação nem para mim mesma. Embora circulasse pela rede uma foto minha com
Harry Styles, em que aparecíamos nos beijando no estacionamento de um
restaurante depois de termos saído, eu não tinha tanta certeza de que estávamos
juntos, como aqueles sites afirmavam. Pelo menos, não oficialmente.
“Lucas...”, suspirei. “Olha, eu conheci
esse garoto de verdade depois do último show da turnê da banda dele. Eu havia
prometido levar uma amiga nesse show e foi o que eu fiz, mas eu não esperava
que eu e o Harry nos aproximássemos, só aconteceu. As coisas foram acontecendo,
nós ficamos amigos e, de repente, em um dia qualquer, nós acabamos ficando.
Nada demais!”
Em um dia qualquer. Era patético o modo
como eu falava como se não soubesse o dia exato em que acontecera pela primeira
vez. Assim como todas as outras também...
“Vocês ficaram uma vez só?”, indagou ele,
atacando todos os meus pontos fracos como sempre fazia.
“Bem... Não exatamente!”, admiti, contrariada.
“Ah, meu Deus, me dê forças para continuar perguntando...”, murmurou de forma quase inaudível, antes de novamente virar-se para mim. “Tudo bem, eu quero a ficha completa desse garoto. Comece a falar...”
“Bem... Não exatamente!”, admiti, contrariada.
“Ah, meu Deus, me dê forças para continuar perguntando...”, murmurou de forma quase inaudível, antes de novamente virar-se para mim. “Tudo bem, eu quero a ficha completa desse garoto. Comece a falar...”
Engoli em seco. Lucas estava começando a
complicar o jogo para mim e eu sabia que era de propósito, então a única coisa
que eu poderia esperar era esforço da minha parte para sambar naquela carinha
sonsa dele, mas o único problema era que eu não tinha certeza se sabia tantas
coisas assim sobre o Harry.
“Bom, o nome dele é Harry Styles... Ou
Harry Edward Styles se você preferir. Ele tem 23 anos e faz aniversário dia 1º
de fevereiro. Ele tem uma irmã mais velha, gosta de azul e, assim como eu, tem
medo de montanhas russas. Ele gosta de encontros calmos e sonha em se casar um
dia. Ele não gosta muito de azeitonas, mas sabe fazer malabarismo muito bem
e... Eu não sei, ele é simplesmente a pessoa mais doce e mais boba que eu já
conheci. Quando eu estou com ele é como se eu não precisasse pensar em tudo o
que já deu errado. Ele me faz querer olhar para frente e seguir adiante, sabe?”
“Ai, meu Deus! Eu não acredito nisso!”, Lucas parecia meio enojando quando eu acabei de falar. “Você está apaixonada!”
“O quê?”, franzi o cenho involuntariamente, assustada diante da suposição dele. “Você está bêbado? Lucas, eu não estou apaixonada por esse garoto! Quero dizer... Eu só gosto de estar com ele, mas não é nada demais! Dizer que eu estou apaixonada é um pouco de exagero, você não acha?”
“Sério, (Seu nome), eu estou pensando profundamente em te dar uma gazela de pelúcia de presente, porque sinceramente está difícil para você, hein? Quando não está gostando de um viado, está gostando de outro!”
“Lucas, para de drama!”
“Drama?”, ele pareceu se abalar finalmente, antes de se apegar ao auge do seu sarcasmo. “Tudo bem, então. Eu só quero ver quem é que você vai chamar quando precisar de ajuda para sair de toda essa confusão em que você está se metendo!”
“Ai, meu Deus! Eu não acredito nisso!”, Lucas parecia meio enojando quando eu acabei de falar. “Você está apaixonada!”
“O quê?”, franzi o cenho involuntariamente, assustada diante da suposição dele. “Você está bêbado? Lucas, eu não estou apaixonada por esse garoto! Quero dizer... Eu só gosto de estar com ele, mas não é nada demais! Dizer que eu estou apaixonada é um pouco de exagero, você não acha?”
“Sério, (Seu nome), eu estou pensando profundamente em te dar uma gazela de pelúcia de presente, porque sinceramente está difícil para você, hein? Quando não está gostando de um viado, está gostando de outro!”
“Lucas, para de drama!”
“Drama?”, ele pareceu se abalar finalmente, antes de se apegar ao auge do seu sarcasmo. “Tudo bem, então. Eu só quero ver quem é que você vai chamar quando precisar de ajuda para sair de toda essa confusão em que você está se metendo!”
Minha vontade foi de acertar sua cara com
um soco bem forte, afinal, ele estava redondamente enganado, já que não teria
que me salvar de nada. Não havia nada acontecendo entre Harry e eu. O fato de
nós termos ficamos uma, duas ou talvez quinze vezes não influenciava em nada.
Absolutamente nada. Afinal, como eu podia me apaixonar por um garoto que
amarrava trapos na cabeça? Não iria acontecer.
Pois é, eu estava certa quando dissera para
Lucas que ele nunca precisaria me salvar daquela confusão, embora estivesse
completamente equivocada ao mentir para mim mesma, afirmando que nunca chegaria
a sentir algo suficiente forte por Harry. No próprio dia daquela conversa, eu
já sentia as coisas totalmente diferentes ao estar com ele, até que duas
semanas depois do seu aniversário, ele me pediu em namoro e eu não consegui
esconder mais de ninguém.
Arfei, me afastando suavemente de Harry,
antes de tomar o controle da situação e imprensá-lo no sofá, ficando em cima
dele. Eu tinha que dar um basta naquilo ou aquele garoto iria acabar me
matando. E até onde eu sabia, minha mãe não me criara para ser brinquedo sexual
de ninguém. Na verdade, se minha pobre mãe imaginasse as coisas que eu andava
fazendo com aquele garoto, ela provavelmente iria me manter em cativeiro para o
resto da vida, sem nem se importar com a minha idade, para que eu pudesse me
purificar.
– Harry, e quanto às lembrancinhas do
casamento? – indaguei, aproximando meu rosto do dele novamente. – Além disso,
nós temos que ligar para um mundo de gente para confirmar tudo, porque se
faltar alguma coisa, eu processo o universo inteiro.
– (Seu nome)... – ele cantarolou, como uma forma de me repreender.
– Tudo bem, eu sei, eu sei... Eu estou sendo paranoica! – ri, antes de selar nossos lábios rapidamente – Mas é que eu quero que seja especial. Você sabe... Nem em um milhão de anos eu poderia imaginar que iria me casar e ainda mais com alguém como você!
– Sério?
– (Seu nome)... – ele cantarolou, como uma forma de me repreender.
– Tudo bem, eu sei, eu sei... Eu estou sendo paranoica! – ri, antes de selar nossos lábios rapidamente – Mas é que eu quero que seja especial. Você sabe... Nem em um milhão de anos eu poderia imaginar que iria me casar e ainda mais com alguém como você!
– Sério?
Sim, era sério. Talvez não do jeito
negativo que ele estivesse pensando, mas antes de Harry entrar na minha vida de
vez, eu estava passando por um momento bem complicado, onde embora eu quisesse
parecer completamente pronta para o que viesse, qualquer palavra mais áspera
parecia uma tapa para mim. Era exatamente esse o motivo pelo qual eu não podia
detestar Lucas por ser pessimista em relação a mim e Harry, afinal, ele tinha
me visto e me ajudado nos meus piores momentos.
Nós havíamos acabado de chegar à casa de
Lucas e já estávamos no meu lugar preferido que era o seu quarto. Eu adorava
aquele ambiente, simplesmente porque não importava quantos anos o loiro
tivesse, ele sempre estaria completamente bagunçado com as mesmas coisas
desnecessárias que não costumava serem usadas e que mesmo assim Lucas se
recusava a jogar fora. Mas era bom assim, fazia com que eu não tivesse medo de
embora, já que aquele cantinho sempre estaria igual à última vez.
"Eu ia falar para que
você se sentisse em casa, mas eu não acho que isso seja mais necessário...”,
falou o loiro, jogando-se na cama e ligando a televisão com o controle remoto.
“Não mesmo!", ri, sentando-me também, porém na beirada do colchão. "Então, o que nós vamos fazer, hein? Cadê todas as coisas legais que você costumava ter no seu quarto, moço?"
"Devem estar jogadas por aí, pode procurar se quiser...", Lucas fez pouco caso da minha animação.
"Ah, qual é, Lucas?", suspirei, frustrada, antes de me colocar de pé nae cama e ficar em cima dele, olhando-o com um ar de superioridade. "Você costumava ser mais legal, sabia? Quero dizer... Antes, quando eu vinha aqui, você me implorava para jogar vídeo game com você, colocava alguns DVDs de comédia para a gente rir, vestia a sua capa super velha de super homem e me pegava no colo, correndo pelo quarto todo, pegava seus CDs antigos para a gente escutar, ficava cantando comigo em cima da cama..."
"Espera! Isso de ficar cantando igual maluca com você quem fazia era a Manuela, lembra?", ele franziu o cenho, intrigado pela minha memória falha.
"Sim, mas... Ah, deixa para lá!", arfei, sentando-me em cima dele.
"(Seu nome)...", o loiro fechou os olhos com força e mordeu os lábios, antes de voltar a olhar para mim, respirando fundo. "Não faz mais isso, pelo amor de Deus!"
“Não mesmo!", ri, sentando-me também, porém na beirada do colchão. "Então, o que nós vamos fazer, hein? Cadê todas as coisas legais que você costumava ter no seu quarto, moço?"
"Devem estar jogadas por aí, pode procurar se quiser...", Lucas fez pouco caso da minha animação.
"Ah, qual é, Lucas?", suspirei, frustrada, antes de me colocar de pé nae cama e ficar em cima dele, olhando-o com um ar de superioridade. "Você costumava ser mais legal, sabia? Quero dizer... Antes, quando eu vinha aqui, você me implorava para jogar vídeo game com você, colocava alguns DVDs de comédia para a gente rir, vestia a sua capa super velha de super homem e me pegava no colo, correndo pelo quarto todo, pegava seus CDs antigos para a gente escutar, ficava cantando comigo em cima da cama..."
"Espera! Isso de ficar cantando igual maluca com você quem fazia era a Manuela, lembra?", ele franziu o cenho, intrigado pela minha memória falha.
"Sim, mas... Ah, deixa para lá!", arfei, sentando-me em cima dele.
"(Seu nome)...", o loiro fechou os olhos com força e mordeu os lábios, antes de voltar a olhar para mim, respirando fundo. "Não faz mais isso, pelo amor de Deus!"
Logo de início, eu não consegui entender
sobre o que ele estava falando, devido a minha lerdeza constante, mas quando
parei para analisar a situação com outros olhos, o nervosismo dele pareceu
fazer sentido. Eu não tivera a intenção quando o fiz, mas ao perceber que eu
havia me sentado, quase me jogado, sobre os quadris do meu melhor amigo, bem
sobre a região onde sua calça ficava mais volumosa, senti uma incontrolável
vontade de rir por ser tão sem jeito. Mas, na verdade, não tinha graça nenhuma.
Voltei a olhar para Lucas com uma sobrancelha
levemente arqueada e, como era de esperar, ele não pareceu se intimidar com
isso. Eu não sabia se minha expressão estava tímida ou então engraçada, mas um
meio sorriso bobo surgiu no rosto do meu melhor amigo, enquanto alguns
pensamentos impróprios apareciam na minha cabeça, provocados exatamente pelas
palavras que ele dissera anteriormente.
"Lucas...", eu me aproximei, segurando um sorriso. "Você, por acaso, pensa em mim dessa forma?"
"Hã... Eu não sei!", o loiro pareceu sem graça, o que era incomum. "Eu te enxergo de diferentes formas, (Seu nome), mas isso não quer dizer que você tenha que ser má comigo, fazer coisas assim e esperar que eu fique bem com isso... Aliás, você não deveria esperar isso de qualquer outro garoto!"
"Bom, eu não ligo para outros garotos!", afirmei, passando a mão devagar pelo seu cabelo. “E você?"
"O que tem eu?", seus olhos brilharam nos meus, antes de se voltarem para a minha boca, fazendo com que um arrepio percorresse toda a minha espinha.
"E quanto à Melanie, hein?", sussurrei, receosa pela resposta.
"Lucas...", eu me aproximei, segurando um sorriso. "Você, por acaso, pensa em mim dessa forma?"
"Hã... Eu não sei!", o loiro pareceu sem graça, o que era incomum. "Eu te enxergo de diferentes formas, (Seu nome), mas isso não quer dizer que você tenha que ser má comigo, fazer coisas assim e esperar que eu fique bem com isso... Aliás, você não deveria esperar isso de qualquer outro garoto!"
"Bom, eu não ligo para outros garotos!", afirmei, passando a mão devagar pelo seu cabelo. “E você?"
"O que tem eu?", seus olhos brilharam nos meus, antes de se voltarem para a minha boca, fazendo com que um arrepio percorresse toda a minha espinha.
"E quanto à Melanie, hein?", sussurrei, receosa pela resposta.
Perguntei-me se havia sussurrado baixo
demais, fazendo com que Lucas não tivesse me ouvido, pois pouco depois da minha
pergunta, o loiro segurou minha cintura, puxando-me para ainda mais perto.
Aquilo era o suficiente para que minhas dúvidas acabassem, mas eu sabia que ele
nunca encerrara um serviço pela metade, por isso não me assustei quando seus
dedos deslizaram pela lateral do meu rosto, parando em meu queixo, e puxando
para um primeiro selinho rápido.
"Quem é Melanie?", indagou, com os lábios a milímetros do meu.
"Quem é Melanie?", indagou, com os lábios a milímetros do meu.
Então, eu não tinha mais como voltar atrás
e nem queria. Deslizei minhas unhas em seu pescoço ao mesmo tempo em que suas
mãos pressionaram firmemente a minha cintura. Em um minuto, nós estávamos nos
beijando da forma mais intensa e quente que eu podia imaginar. Era quase como
se o sangue em minhas veias tivesse sido substituído por gasolina, meu coração
era um isqueiro e, logo, todo meu corpo estava em chamas.
Eu sabia que nunca tinha me permitido ir
tão longe com Lucas, mas enquanto a língua permanecia tão próxima a minha, eu
também não conseguia me lembrar do porquê. Ele era perfeito. Seu beijo era tão
quente, urgente e viciante, que fazia com que eu me sentisse errada por não conseguir
parar mais. Seu toque fazia com que eu pensasse seriamente em meu internar em
um manicômio, pois me tirava do meu estado normal.
No único instante em que nos afastamos, eu
puxei a camisa dele com força, jogando-a em algum lugar onde não prestei atenção.
Em pouco mais de um segundo, sua boca achou o caminho de volta até a minha e
meus pensamentos voltaram a ficar embaralhados. Eu conseguia ouvir algo em mim
gritando que aquilo não era certo, mas eu já havia me dado tão mal por ter
tentando ser politicamente correta, que o errado estava parecendo muito certo
para mim. Aliás, Lucas sempre pareceu inapropriado e, com ele, eu tinha
aprendido que gostar do perigo não era algo tão mal assim.
Inadvertidamente o loiro ficou por cima de
mim, permitindo que eu recostasse a cabeça no seu travesseiro e, quando eu já
estava começando a relaxar, ele encostou os lábios em meu pescoço, mexendo
completamente com o meu juízo. Eu podia fingir que estava tudo bem com aquilo,
até que ele me deu um chupão e eu não consegui segurar um gemido baixinho. O
loiro riu logo em seguida, provavelmente satisfeito por ter a total certeza do
poder que tinha.
Quando ele finalmente retornou aos meus
lábios com seus beijos cálidos e irresistíveis, minhas mãos deslizaram pelas
suas costas fortes e as arranhei suavemente, fazendo com que o loiro sorriso
enquanto me beijava. Eu já estava me sentindo meio perdida, quando ele começou
a abrir minha blusa devagar. Naquele momento, se ainda houvesse alguma parte do
meu corpo que não estivesse completamente em chamas, agora estava. Eu nunca
gostei tanto de camisas de botões quanto naquele dia.
Eu estava tranquila, tentando parecer
experiente – até porque eu não era mais virgem há certo tempo –, mas era
diferente com o Lucas. Embora sentir a pele quente dele encostando na minha
fosse uma das melhores sensações possíveis, eu não me sentia pronta para o meu
loiro, afinal, porque ele parecia demais,não era como se ele fosse como... Como
os outros garotos. Como o garoto com quem eu tive minha primeira vez.
"(Seu nome)...", Lucas se afastou de mim, de repente. "Eu acho melhor a gente parar por aqui."
"O quê? Por quê?", percebi tarde demais que minha garganta estava completamente fechada de frustração.
"O quê? Por quê?", percebi tarde demais que minha garganta estava completamente fechada de frustração.
Devagar, Lucas
passou a mão devagar pelo meu rosto e eu percebi, surpresa, que ele estava
secando algumas lágrimas que estavam descendo pela minha bochecha. Antes de ele
fazer isso, eu não tinha sequer notado que estava chorando, mas um segundo
depois, desabei. Eu não sabia por que estava em prantos, mas o loiro havia tirado
de mim todo o meu lado racional, me deixando apenas com aquele sentimentalismo
idiota que me sustentara por muito tempo.
Mas, mesmo assim, eu não conseguia achar
aquilo justo. Lucas se dizia o meu melhor amigo e aquela não parecia uma
atitude muito correta da parte dele. Aliás, não era ele que sempre dizia que
após começar alguma coisa, tinha que ir até o fim? Quem se importava com uma
lágrima ou outra? Por que aquele loiro idiota pensava que podia usar a minha
fraqueza como desculpa para se desfazer de mim?
"Eu não sou boa o suficiente para
você?", miei, com apenas um fiapo fraco de voz.
"O quê?", ele pareceu surpreso com minhas palavras e, então, seus olhos se encheram de preocupação. "(Seu nome), por favor, não diga uma coisa dess..."
"Deixa para lá, Lucas!", respirei fundo, antes de tentar me levantar sem sucesso, já que seu corpo ainda estava muito próximo do meu. "Está tudo bem. Eu só... Quero ir para casa, ok?"
"Não, não está tudo bem! (Seu nome), olha para mim, por favor...", Lucas utilizou do seu tom mais doce para se referir a mim e eu senti as lágrimas voltarem. "Eu não quero que você diga isso nunca mais, tudo bem? (Seu nome), o problema aqui é exatamente o contrário e só você não percebe. Você é boa demais para mim, pequena. Boa demais para um homem como eu. Você acha que eu não percebo? Acha que eu não me culpo por isso? (Seu nome), a coisa que eu mais queria no mundo era ser o cara certo para você. Eu queria poder te fazer feliz todos os dias da sua vida, mas eu não sou esse cara e eu sinto muito por isso. Você é muito mais do que eu poderia desejar, eu sei disso, mas eu te amo mais do que meu coração pode suportar, mesmo sendo errado..."
"O quê?", ele pareceu surpreso com minhas palavras e, então, seus olhos se encheram de preocupação. "(Seu nome), por favor, não diga uma coisa dess..."
"Deixa para lá, Lucas!", respirei fundo, antes de tentar me levantar sem sucesso, já que seu corpo ainda estava muito próximo do meu. "Está tudo bem. Eu só... Quero ir para casa, ok?"
"Não, não está tudo bem! (Seu nome), olha para mim, por favor...", Lucas utilizou do seu tom mais doce para se referir a mim e eu senti as lágrimas voltarem. "Eu não quero que você diga isso nunca mais, tudo bem? (Seu nome), o problema aqui é exatamente o contrário e só você não percebe. Você é boa demais para mim, pequena. Boa demais para um homem como eu. Você acha que eu não percebo? Acha que eu não me culpo por isso? (Seu nome), a coisa que eu mais queria no mundo era ser o cara certo para você. Eu queria poder te fazer feliz todos os dias da sua vida, mas eu não sou esse cara e eu sinto muito por isso. Você é muito mais do que eu poderia desejar, eu sei disso, mas eu te amo mais do que meu coração pode suportar, mesmo sendo errado..."
Lucas não sabia, mas estava triturando o
meu coração aos poucos, porque ele havia dito exatamente tudo o que eu
lamentava sentir. Se eu pudesse fazer um pedido para uma estrela naquele
segundo, eu pediria que ele pudesse ser só meu e eu só dele, porque eu sabia
que estar com ele nunca iria me machucar. Pelo menos, não como Justin ainda me
machucava. Eu sabia que aos olhos do loiro, eu não tinha qualquer defeito, mas
justamente por causa disso, eu conseguia enxergar em mim meu maior problema:
meu coração se recusava a amar o que o fazia bem.
"Me desculpa...", sussurrei, me
inundando de culpa. "Me desculpa, por favor. Eu sinto muito mesmo! Eu
estraguei tudo..."
"Ainda dói, não é?", ele sabia perfeitamente que eu entenderia a quem suas palavras se referiam.
"Ainda dói, não é?", ele sabia perfeitamente que eu entenderia a quem suas palavras se referiam.
Sim, doía. Nos poucos momentos em que eu me
desprendia do meu lado racional que me salvara tantas vezes, doía mais do que
eu poderia descrever.
"Eu te amo!", foi a única coisa
que me limitei a responder, sabendo que o loiro conseguia ler a resposta para
sua pergunta em minha expressão.
"Eu te amo também...", ele sorriu solidário, antes de começar a fechar a minha blusa delicadamente. "Que tal nós irmos devagar dessa vez?"
"Eu te amo também...", ele sorriu solidário, antes de começar a fechar a minha blusa delicadamente. "Que tal nós irmos devagar dessa vez?"
Nós trocamos um longo olhar, enquanto eu
ficava esperando que minha respiração voltasse ao normal. Assim que aconteceu,
acariciei devagar seu rosto macio, antes que seus lábios voltassem a
encostar-se aos meus, muito mais calmos e doces do que a última vez. Aproveitei
o momento para abraçá-lo apertado, agradecendo mentalmente por tudo o que ele
vinha fazendo por mim. Eu sabia que era péssimo para ele me ver daquela forma,
por isso tentava me controlar ao máximo na sua presença, mas mesmo quanto eu
não conseguia, ele fazia questão de continuar sendo o herói que sempre fora.
Era um
pouco incomum, mas de uma forma ou de outra, Lucas – apesar de ser
completamente contrário ao meu relacionamento com Harry, de início – fora o
principal responsável pela reciclagem do meu coração. Talvez, se ele não
tivesse ficado ao meu lado por tanto tempo, eu nunca teria me permitido renovar
os ares dos meus sentimentos e, junto a isso, nunca teria começado nada com
Harry, por pura insegurança de tentar novamente.
– É sério, Harry! – sorri, sem graça. – Eu
nunca poderia imaginar que algo tão bom como casar com você pudesse acontecer
comigo. Você foi uma das melhores surpresas da minha vida!
– Engraçado você dizer isso, porque a senhorita foi um dos melhores presentes que eu já ganhei... – seus olhos brilharam para mim, enquanto falava.
– Aliás, por falar em presentes, vamos voltar às confirmações dos preparativos do nosso casamento? – sugeri, animada.
– Mais? – ele miou, fazendo a carinha de cachorrinho abandonado que sempre me destruía – Chega por hoje, por favor...
– Por hoje, talvez, tudo bem! Mas, temos que encarar, Harry, casar não é assim tão fácil quanto parece. Vai querer desistir?
– Desistir? De você? – suas sobrancelhas se arquearam – Nem em um milhão de anos, minha linda.
– Engraçado você dizer isso, porque a senhorita foi um dos melhores presentes que eu já ganhei... – seus olhos brilharam para mim, enquanto falava.
– Aliás, por falar em presentes, vamos voltar às confirmações dos preparativos do nosso casamento? – sugeri, animada.
– Mais? – ele miou, fazendo a carinha de cachorrinho abandonado que sempre me destruía – Chega por hoje, por favor...
– Por hoje, talvez, tudo bem! Mas, temos que encarar, Harry, casar não é assim tão fácil quanto parece. Vai querer desistir?
– Desistir? De você? – suas sobrancelhas se arquearam – Nem em um milhão de anos, minha linda.
Assim, Harry voltou a me abraçar apertado e
eu descansei minha cabeça em seu ombro, enquanto nossas pernas permaneciam
entrelaçadas. E, a cada segundo que passava, eu contava com mais ansiedade, os
minutos que faltavam para que o "grande dia" chegasse, me imaginando
cada vez mais perto de ter legalmente aquele homem só para mim para sempre.
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Então, aí está, minhas lindas! Capítulo para deixar as #TeamLucas felizes, principalmente as mais antigas (como a senhorita Steph, hahahaha, eu avisei!). Eu espero que vocês tenham gostado desse capítulo e que estejam gostando da temporada em si. Garanto que muita coisa ainda vai rolar, gatas!
Enfim, o capítulo de hoje é dedicado para a minha aniversariante do dia, a Mila (sigam-na no @GarotaFavorita). Gatinha, eu espero que você tenha um aniversário maravilhoso e, mais do que isso, um ano cheio de realizações, tudo de perfeito para você, minha linda! Parabéns!
Então, por hoje, é só. O capítulo 4 ainda não tá pronto, por motivos de: preguiça. Mas provavelmente ele deve ser postado no dia 29 ou no dia 30. Esperemos a inspiração da Juh chegar e a preguiça sair, haha.
Enfim, o capítulo de hoje é dedicado para a minha aniversariante do dia, a Mila (sigam-na no @GarotaFavorita). Gatinha, eu espero que você tenha um aniversário maravilhoso e, mais do que isso, um ano cheio de realizações, tudo de perfeito para você, minha linda! Parabéns!
Então, por hoje, é só. O capítulo 4 ainda não tá pronto, por motivos de: preguiça. Mas provavelmente ele deve ser postado no dia 29 ou no dia 30. Esperemos a inspiração da Juh chegar e a preguiça sair, haha.
Amo vocês, lindas! Boa noite! Sonhem com o Lucas!