31 agosto 2012

2. You Make Me Love You - Capítulo 37


Noite de show



Belieber’s POV


    Estava mordendo meu lábio inferior e me segurando para não chorar, enquanto despejava todo meu medo em cima do Justin e ele parecia bastante assustado com as minhas palavras, embora tentasse não demonstrar isso...

    - Espera, (Seu Nome)! Do que você está falando? – perguntou, por fim.
    - Sobre o show de hoje à noite... – suspirei.
    - O quê? Como assim? Como “você não pode mais fazer”? Você parecia tão animada ontem, o que aconteceu?
    - Tudo! – exagerei. – Eu admito que, ontem, pareceu ótimo, quando estávamos ensaiando, mas... É diferente agora! Você não entende, mas isso não é para mim. Eu não sei se vou aguentar cantar com você hoje, ok?
    - (Seu Nome), você... Quer saber? Eu vou aí, ok? Chego em poucos minutos!
    - Justin, não prec... – comecei, em vão, percebendo que ele já havia desligado.

    Suspirei, enquanto me jogava na cama, novamente. O meu notebook ainda estava ligado, conectado à página sobre a chegada do Justin. Rapidamente, mudei de site, buscando algo que não me deixasse em pânico, mas não tive tanto sucesso assim. Em todos os links que clicava, parecia que eu era direcionada a alguma coisa que tivesse alguma ligação com Justin, show, roxo, multidão e desespero. Talvez eu estivesse fazendo as buscas erradas.

      Embora, eu tentasse negar na ligação, ficara feliz por Justin estar a caminho. Eu estava precisando muito mesmo de alguém que me fizesse acreditar que tudo estava e iria ficar bem e, ele tinha o dom de fazer isso. Assim, me senti aliviada, quando minha mãe abriu a porta do meu quarto, anunciando:

      - Justin está lá embaixo, procurando por você...
      - Pede para ele vir aqui! – miei, enquanto me levantava.
      - Se você visse o modo com o seu pai o está encarando, com certeza, não me pediria para fazer isso! – falou minha mãe, me assustando.
      - Ai, meu Deus, você deixou eles dois sozinhos lá na sala? Coitado do Justin! – respirei fundo, enquanto passava por ela, correndo, e disparava pelo corredor até as escadas.

      Cheguei ao primeiro andar em um pulo e, a cena não foi tão agradável. Meu pai quase berrava em um português alto e claro, se Justin não iria responder as suas perguntas, enquanto o último apenas o olhava assustado, sem nem saber como dizer que não estava entendendo nada. É, um típico encontro entre sogro e genro... Ou não.

      - Justin... – chamei-o, enquanto corria até seus braços.

      Ele me abraçou forte, enquanto eu me encolhia contra seu corpo. Não pude evitar de sorrir, embora meu “doce” e amado pai quisesse estragar minha alegria, pigarreando alto atrás de nós, como uma forma de censura àquele comportamento.

    Calmamente, me virei para ele, me afastando apenas uns dois passos de Justin. Meu pai me olhou como se eu tivesse enlouquecido completamente e como se meu namorado fosse o maior dos imorais. Assim, suspirei, antes de explicar:

    - Pai, você sabe que ele não estava entendendo nem uma palavra do que você dizia, não é?
    - E daí? – continuou, orgulhoso, se sentando na poltrona. – Por que eu teria que falar outro idioma em minha própria casa? Ele que deveria aprender a nossa língua!
    - Ok, pai, prometo que um dia ensinarei! – sorri, tentando evitar outro conflito. – Bom, nós estamos subindo para o meu quarto, agora, ok? Tchau, pai...
    - Espera! Onde vocês pensam que vão? – perguntou, voltando a se exaltar.
    - Ué... Eu já disse, para o meu quarto! – esclareci, tendo como resposta um olhar marcado de desaprovação. – Bom, se isso faz com que você se sinta melhor, vou deixar a porta aberta para você poder fofocar, pai...

   Percebi, rapidamente, que o modo como falei não foi um dos melhores. Mas, relevei esse fato, enquanto puxava Justin, para que ele me seguisse. Cruzamos com a minha mãe na escada e, de certa forma, foi animador perceber que ela olhava para o meu namorado de forma mais suave – quase compreensiva – e não era tão absurda, quanto seu marido.

    Assim que chegamos ao meu quarto, Justin se virou para mim, me fitando com seus olhos profundos e eu não consegui identificar se ele estava confuso, triste, decepcionado ou uma mistura de tudo isso.

    - O que foi aquilo, hein? – perguntou, enquanto sua expressão se suavizava um pouco e ele sentava em minha cama.  
    - O quê? Aquilo que eu te falei quando te liguei? – indaguei, provavelmente mais confusa do que ele.
    - Não. Eu estou falando do seu pai... Achei que ele fosse me devorar! Não, na verdade eu achei que ele fosse me esquartejar, colocar meus pedaços em espetinhos, fazer um churrasco e, então finalmente, me devorar!
   - Ok, não seja exagerado! Ele só é... Cauteloso, quando o assunto é garotos, principalmente, depois do meu último e assustador relacionamento. – miei, enquanto ia me sentar ao seu lado. – Na verdade, ele é assim há bastante tempo, antes mesmo disso. Mas, isso não importa agora. Estou feliz que esteja aqui...

    Justin me abraçou de lado, suspirando e deslizando os dedos pelo meu cabelo. Parecia óbvio que ele estava inseguro em como iniciar uma conversa, talvez assustado demais sem saber como eu reagiria.

    - Quer conversar? – arriscou, finalmente.
    - Eu não sei! Tudo o que eu sei agora é que eu não posso fazer isso...
    - (Seu Nome), posso te contar uma história? – Justin suspirou, virando-se para olhar melhor para mim.
    - Se você tiver tempo para isso...
    - Ok, por onde eu começo? – ele sorria de forma boba, parecendo uma criança. – É a história sobre uma garota. Mas não qualquer uma, era simplesmente a garota mais linda do mundo. Então, um dia, ela conheceu o garoto mais gostoso do mundo inteiro. Mas do mundo inteiro mesmo. Você tinha que ver, (Seu Nome). O garoto tinha swag para dar, vender, doar, contrabandear...
    - Justin, continua... – ri.
    - Ah, claro! Então, como era de se esperar, eles se apaixonaram. Mas, tinha um problema: a garota tinha sido magoada pelo maior babaca do mundo e não estava tão segura em começar a namorar alguém de novo. Ok, você deve estar ansiosa agora, mas a história tem um final feliz, calma! – Justin riu, desviando o olhar do meu. – Assim, quando o garoto já estava todo triste e sem esperanças, foi surpreendido! A garota decidiu enfrentar o medo bobo dela e, atualmente, tem o melhor namorado do mundo!
    - Hum... E qual a mensagem dessa história toda? – continuei, fingindo não saber do que ele estava falando.
    - A mensagem é... Você namora o garoto mais gostoso do mundo inteiro. Tem coisa melhor que isso?
    - Ah, então você me contou isso tudo, só para se gabar mesmo?
    - Ok, na verdade, não! – Justin me olhou profundamente, enquanto a risada ia dando espaço para uma expressão mais séria. – Falando sério, agora... (Seu Nome), eu, sinceramente, acho que você deveria fazer como da última vez. Você venceu o seu medo apenas para não desistir de mim e, agora... Vai desistir do que você gosta?
    - Eu não...
    - (Seu Nome), não minta para mim dizendo que você não gosta de cantar. Eu vi o modo como você estava animada e com um sorriso que não cabia no rosto ontem! – falou, me interrompendo. – Mas, mesmo assim, não se sinta pressionada por mim, ok? Eu só estou dizendo isso porque acho que você tem potencial suficiente para ir lá e arrasar essa noite. Mas, se você realmente não quiser, eu vou entender e ajeitar tudo para que voltemos à programação inicial do show, ok?
    - Justin, não me entenda mal! Eu realmente quero cantar, mas... Vai ter muita gente lá. E eu não aguento multidões! Eu piro até em apresentar um trabalho para trinta pessoas. Imagina, então, cantar para milhares? – admiti, por fim.
    - (Seu Nome), lembra do que eu te prometi? Eu estaria do seu lado te ajudando e é isso que eu vou fazer. Quando você estiver no palco, não se concentre no número de pessoas que há lá, ok? Olhe para mim e estarei do seu lado, como sempre estive!
    - Você falando desse jeito faz com que eu me sinta uma boba por ter pensado em desistir!

    Me aproximei dele, novamente. E, Justin selou seus lábios nos meus, rapidamente. Sabia que ele não gostava de beijos rápidos, então não pude evitar pensar que ele ainda estava com medo do meu pai estar nos espionando. Mas, apesar disso, segurei a minha vontade de rir, apenas para não estragar o momento.

   - Então, você vai mostrar sua voz linda ao mundo ou prefere ficar no meio da multidão, fingindo que não me conhece? – falou, parecendo um tanto quando convencido.
   - Bom, eu falei que iria cantar com você e é isso que vou fazer!
   - Então, é melhor irmos rápido! Tem um carro nos esperando lá embaixo, nós já vamos para lá agora!
   
    Ia fazer mais perguntas, mas deixei que ele me guiasse para fora do quarto, enquanto me preparava para me despedir dos meus pais, quando chegamos à sala de estar.

    - Mãe, pai, eu já estou indo, ok? – anunciei, já bem próxima da porta.      
    - Já? – minha mãe correu até mim e me deu um beijo na bochecha. – Boa sorte, filha!
    - Como assim “boa sorte”? Você não vai me ver?

    Cutuquei, discretamente, Justin e ele tirou do bolso dois ingressos, estendendo-os para a sua sogra. Minha mãe pegou-os, com cuidado, sorrindo, o que me deu a leve impressão de que ela gostava mais do Justin, do que deixava transparecer. Já o meu pai, eu não tinha tanta certeza...

    - Eu não vou! – resmungou, ainda sentado na poltrona, apenas observando.
    - Por que não? – perguntei, enquanto andava, nervosa, até ele.
    - Você não acha que eu vou a um show para ouvir esse garoto destruindo meus ouvidos, não é?
    - Pai, você não vai para ver o Justin, ok? Vai apenas para me ver passando vergonha. Somente isso! – insisti.
    - Mesmo assim, (Seu Nome)! Antes disso, eu ainda vou ter que escutá-lo muito. Não acha que é tortura demais? – falou em tom de brincadeira, embora conservasse uma expressão séria.
    - Pai! – o repreendi, já quase sem paciência.
    - Ok, eu vou. Mas só por você!

    Me espremi ao seu lado, na poltrona, esperando que ele dissesse algo mais do que apenas aquilo, que mais parecia um intenso sacrifício. Demorou mais do que imaginei, mas logo meu pai me abraçou de lado, e sussurrou exatamente o que eu precisava ouvir, no momento...

    - Eu estou orgulhoso de você! E sei que você vai ser ótima hoje...

    Pois é, ele pode ser chato, inconveniente, exagerado, dramático e neurótico demais, mas, de algum modo, sempre sabe dizer a coisa certa, quando sente que precisa. E, pelo que me lembro, essa característica existe desde sempre.

    - Obrigada, pai! Eu vou me esforçar... Por você!
 
    Ele beijou minha testa, antes que eu suavemente me levantasse e corresse para a porta. Fiz um sinal discreto para Justin, avisando-o que estava pronta para ir. Assim, ele sorriu como forma de agradecimento para a minha mãe, enquanto eu me despedia de todos com um pequeno aceno.

   Logo que coloquei o pé fora de casa, Justin segurou minha mão e saiu correndo, me puxando feito louco, até que estivéssemos dentro do carro, estacionado na outra rua.

   - Enlouqueceu? – perguntei, depois de ser praticamente jogada no banco traseiro do veículo.   
  
   Ele me ignorou descaradamente, enquanto se endireitava no banco, colocando o cinto de segurança, antes de fechar a porta, ao seu lado. Justin informou ao motorista que estávamos prontos para ir e, só então, pareceu perceber que eu tinha falado com ele, alguns minutos atrás.

   - Ah, você perguntou alguma coisa, não foi? – indagou, por fim, direcionando sua atenção a mim, finalmente.
   - Sim, há uns três anos atrás, eu te perguntei se você tinha enlouquecido... Que ideia foi essa de sair me arrastando pela rua, hein?
   - Caso você não saiba, nervosinha... Não é muito bom que sejamos vistos, ok? – odiava quando ele falava desse jeito, como se soubesse que tinha razão. – E, além disso, seu pai me assusta! Eu fiz alguma coisa que não devia?
   - Para ele, o fato de você me conhecer já é um erro! – ri. – Ele é só superprotetor, mas não faz mal nem a uma mosca...
   - Não foi o que pareceu!

  Sorri, enquanto me aproximava dele, embora o cinto atrapalhasse. Deitei minha cabeça em seu ombro, com a total certeza e que ele sabia que eu estava tensa. Mas eu não conseguia evitar. Era impossível para mim parar de pensar no que estava prestes a fazer. Não conseguia decidir o que era pior: o fato de milhares de pessoas me assistirem ou o fato de que no meio de milhares de pessoas estariam meus pais, Manuela e –  talvez – Lucas. Aquilo era de enlouquecer.

   Assim, permaneci torturando a mim mesma, até chegarmos ao nosso destino, que era bem distante – devo acrescentar. Mas logo que estacionamos, me convenci de que seria muito melhor continuar enlouquecendo do que ter que descer do carro e encarar minha decisão.

  Tive certeza de que aquilo fora a coisa mais correta que já pensei, quando notei que já estávamos no espaço atrás do palco, onde, aparentemente, tudo acontecia. Me senti perdida, imediatamente. Eram várias pessoas andando de um lado para o outro, tentando deixar tudo perfeito nos mínimos detalhes.

   Rapidamente, duas mulheres chegaram até nós. Uma se dirigiu ao Justin e outra a mim, mas eu ainda estava atordoada demais para entender qualquer palavra que elas diziam. Só realmente saí do transe, quando meu namorado virou-se para mim, retirando uma mecha do meu cabelo do rosto, enquanto me olhava de forma doce.

    - Ei, é aqui que começamos!  - falou, embora parecesse com pressa. – Tente não ficar nervosa, apenas fique linda para mim e dará tudo certo! Te vejo depois!

    Ele piscou para mim, de longe, enquanto ia com a mulher que o chamara, há poucos minutos. Logo, a morena, ao meu lado, voltou a se dirigir a mim:

    - Ei, querida, venha por aqui!

   Eu a segui, de imediato e, logo, a mágica aconteceu. Em um minuto eu estava do jeito “mais ou menos” que sempre fui e, no outro, eu me sentia perfeita, como uma dessas famosas que desfilam sempre transbordando beleza. Meu cabelo estava bonito de uma forma que eu nunca imaginara que pudesse ficar. A maquiagem também estava perfeitamente incrível. Eu vestia um lindo vestido curto preto e calçava sneakers roxos – para combinar com a roupa que Justin estaria usando.

   Ok, talvez tudo isso não tenha acontecido em um minuto. Eu tive que passar por algumas trocas de roupas seguidas até chegarmos a um resultado realmente bom e tive que me controlar para não rir, enquanto as pessoas que cuidaram da minha maquiagem ficaram discutindo “amigavelmente” sobre a cor da sombra que eu deveria usar. Mas, ainda assim, o tempo parecera passar muito rápido, para mim.

   Quando tudo acabou, me encontrei sozinha no camarim, novamente, o que não era muito bom. Suspirei, tentando aproveitar a solidão do momento para relaxar, mas não consegui. A única coisa que passava pela minha cabeça era se tudo aquilo estava realmente acontecendo, enquanto me olhava no espelho e conseguia ouvir os gritos das beliebers lá fora. Distraída como estava, tomei o maior susto do mundo, quando a porta foi bruscamente aberta...

    - Oi! Você está be... – Justin parou de falar, enquanto olhava fixamente para mim. – Nossa! Você está... Mais do que ótima!
    - Você só está dizendo isso para me deixar confiante, ok? – ri, enquanto dirigia minha atenção a ele. – Então, por que está aqui? Algum problema?
    - Não! – respondeu de imediato, parecendo meio desesperado. – É só que, bom, eu vou começar o show agora e seria muito bom um beijo de boa sorte, sabe?

    Justin fez uma cara de coitado que quase me deu pena, embora eu soubesse que era tudo fingimento. Ainda assim, caminhei até ele, antes de selar meus lábios em sua bochecha por um longo minuto.

    - Boa sorte! – suspirei, por fim.
    - Está falando sério? – ele arqueou as sobrancelhas, parecendo incrédulo. – Você não pode chamar “isso” de beijo...

    Então, imediatamente, Justin levou as mãos até a minha cintura, me puxando bruscamente para mais perto e sorriu, quando eu ri da sua atitude. Não demorou muito para que nós começássemos a nos beijar de verdade – nos conceitos dele. Era tão quente e doce, ao mesmo tempo. Em outras palavras, era exatamente o que eu precisava para me sentir segura no momento.

    - Isso é um beijo de verdade! – falou, ofegante, quando nos afastamos. – Então, acho que tenho que ir!
    - É... Mas antes é melhor limpar isso! – sorri, enquanto tirava as manchas de batom em seus lábios. – Agora, você pode ir! Boa sorte!

    Ele me abraçou, sorrindo, antes de sair da pequena sala, indo para a entrada do palco, me deixando sozinha, novamente.

    Do camarim, eu podia escutar o show, ao fundo. Pelo que ouvia, julguei o último álbum era realmente muito bom – assim como qualquer coisa que o Justin fazia – e, quase me arrependi de não tê-lo ouvido antes. Já estava completamente relaxada, pensando que o show já deveria estar na metade e imaginando o quanto meu namorado deveria estar animado com tudo aquilo, quando bateram na porta.
     
    Estava na hora.

    Caminhei, acompanhada, até a entrada do palco, onde antes que eu entrasse, ajeitaram meu microfone. Conseguia ouvir, claramente, a voz do Justin, embora o nervosismo não me deixasse entender as palavras. Até que o ouvi citar meu nome e lá de trás fizeram um sinal para que eu entrasse.

    Assim que dei meus primeiros passos no palco, senti meu sangue parar de correr pelas veias. Era como se eu pudesse morrer exatamente ali, enquanto a gritaria das beliebers explodiam meus ouvidos. E, apesar disso, tentava me manter sorrindo, fingindo uma animação que não era minha.

    Foi quando por cima de todo esse barulho, ouvi a banda começar a tocar “Overboard”. Meus olhos rapidamente correram até Justin e percebi que ele estava sorrindo para mim, tentando, de alguma forma, me encorajar. Então, antes que o meu medo pudesse colocar tudo a perder, a letra da música saiu por entre meus lábios como se eu soubesse que aquilo era o que eu realmente deveria fazer.

    
- It feels like we've been out at sea, whoa
So back and forth that's how it seems, whoa
And when I wanna talk you say to me
That if it's meant to be it will be…

 
   
Continuei cantando, enquanto avançava pelo palco, indo até o centro, onde Justin estava. Assim que começou o refrão e ele segurou minha mão, fazendo-me sentir como se todo o nervosismo anterior tivesse se esvaído sei lá para onde. De uma forma incrível, fiquei feliz, apenas por não estar mais nervosa e percebi que Justin estava certo, quando disse que eu mentiria se dissesse que não gostava de cantar. Aquilo era uma das coisas que eu mais amava na vida.

    Nada mais estava me assustando, no momento. O grito da plateia estava começando a parecer confortável. E, saber que meus pais e amigos estavam naquele meio só me motivava mais a continuar e a sorrir para aquela oportunidade.

   Infelizmente, mais rápido do que imaginei, encerramos a música. Justin me abraçou forte e eu me segurei para me controlar e não surtar naquele momento, antes de acenar suavemente para a plateia, me despedindo para sair do palco.

   Assim que voltei aos “bastidores”, meu corpo estremeceu de choque, mas mesmo assim eu me sentia feliz. Embora não parecesse aparente, já que algumas pessoas que eu nem reconheci vieram me perguntar se eu estava bem e, então, me guiaram até o meu camarim, para que, segundo eles, eu pudesse descansar.

   Acho que era exatamente isso que eu precisava, porque me senti aliviada ao ficar sozinha novamente. Me acomodei na cadeira em frente ao espelho que havia no cômodo e suspirei, buscando alguma explicação para aquilo aque eu estava sentindo. Não sabia bem se havia um nome para esse tipo de sentimento, mas parecia me agradar muito...    
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Capítulo 37, amores! :)
    Então, vamos fazer uma brincadeira? Vocês fingem que esse capítulo não está um lixo e eu finjo que está ótimo! ÊÊÊÊ, haha, porém não!
    Eu sei, amoures, vocês estão pensando que eu nem estou pouco me importando para o blog, mas não é verdade,ok?! É que essa semana está louca MESMO! :c Mas, o penúltimo capítulo está postado e o ÚLTIMO estará no blog no domingo (era para ser amanhã, mas não vai dar tempo por conta da festa da sister Rafaela, que é leitora do blog, awn! :D Enfim...).
   E, só para deixar claro, a 3ª temporada será melhor, bebês hahaha Prometo :D
   Então, espero que gostem!

(PS: A imagem do post é de Viole Maison)

27 agosto 2012

2. You Make Me Love You - Capítulo 36


Inquieta


Belieber's POV

  
Acordei completamente atordoada, mas reconheci rapidamente que estava deitada na cama do meu quarto. Havia uma luz forte e clara vindo da janela e imaginei que já não fosse tão cedo assim. O relógio, na mesinha ao lado, indicando que já eram 9 horas, confirmava isso.

   Eu estava totalmente perdida. Havia um branco enorme na minha cabeça que não deixava que eu me lembrasse de nada relacionado à noite passada. E, ainda um provável buraco monstruoso dentro do meu corpo, que estava me deixando faminta e com dificuldade de pensar em qualquer outra coisa que não fosse comida.

   Apesar disso, não pude deixar de notar - assim que levantei - que estava vestindo a mesma roupa do dia anterior e meus tênis estavam ao lado da cama. Esse pequenos detalhes só me fizeram permanecer mais confusa, enquanto me preparava para fazer minha higiene matinal.

   Assim que acabei de ficar semi-decente, saí do quarto mais do que depressa, correndo até o primeiro andar, para alimentar o monstro que provavelmente estava vivendo dentro de mim. Mas, hesitei, quando ouvi vozes vindo da cozinha, o que significava que “eles” já haviam acordado.
   Ok, é óbvio que eu amo meus pais, mas ultimamente qualquer tipo de interação com eles tem parecido algum tipo de guerra e isso, com certeza, não me agradava. Então, para mim, evitá-los seria o melhor a fazer, porém agora eu não tinha escapatória.

   Logo que entrei na cozinha, notei suas expressões um pouco apreensivas. Aparentemente, eles estavam tendo uma conversa não muito agradável, antes que eu entrasse no cômodo, interrompendo-os.

    - Bom dia! – cumprimentei, sentando-me a mesa, junto aos dois.
    - Bom dia! – responderam simultaneamente, trocando olhares.
   
    Tentei fingir que não percebi aquele clima de tensão, enquanto pegava um pequeno pão-doce. Mas isso tudo não adiantou, porque eles estavam tão estranhos, que os próprios já tinham consciência disso.

    - Então, dormiu bem? – perguntou minha mãe, suspirando.
    - Acho que sim... – ri, tentando disfarçar que estava tão nervosa quanto eles. – Para falar a verdade, não sei. Eu não lembro nem de ter ido dormir...
   - Acredito que não lembre mesmo... – ela também sorriu. – Você já chegou em casa apagada. Justin que te trouxe até aqui!
   - É, Jiôsten... – enfatizou meu pai, cheio de repulsa, enquanto era completamente ignorado por mim.
   - Então, está ansiosa para hoje?

    A pergunta feita pela minha mãe fez com que eu entrasse em estado de choque. Meus pensamentos ficaram embaralhados, senti meu corpo arrepiar e meu estômago ficar completamente embrulhado – tanto que até desisti de pegar outro pão-doce. Tudo isso porque eu simplesmente não lembrava que hoje era o dia do show, ou, em outras palavras, o dia que eu passaria a maior vergonha da minha vida.

    - É, estou muito ansiosa! – menti. – Aliás, eu acho que vou até subir agora mesmo para o meu quarto para ensaiar!
    - Não vai terminar de tomar café? – perguntou ela, enquanto eu me afastava, caminhando para fora da cozinha.
    - Não, eu já estou satisfeita! – gritei, correndo até as escadas.
 
    Assim que cheguei ao quarto, bati a porta com a maior força possível e me joguei na cama. Fiquei ali por bastante tempo, apenas quietinha, tentando e desejando não pensar em nada, mas era impossível. Eu estava completamente apavorada, não podia acreditar no que eu tinha me coprometido a fazer. Eu enlouquecera, quando aceitei aquilo.

    Eu tremia de nervoso, enquanto brincava com o celular entre as mãos, em dúvida se deveria ou não ligar para o Justin. Precisava desistir dessa ideia maluca, mas ao mesmo tempo não queria, nem podia decepcioná-lo. Sem contar que ele deveria estar super ocupado e não precisava ser incomodado com as minhas baboseiras, mesmo que eu estivesse quase tendo um ataque cardíaco. Isso era irrelevante!
 
    Desse modo, permaneci trancada em meu quarto, sem contato com qualquer um, até que minha mãe resolveu me chamar para o almoço. Obviamente, quis rejeitar, mas fazer isso só iria agravar o jeito estranho que meus pais estavam agindo e, fazê-los derramar uma enchente de perguntas sem nexo sobre mim. Então, sem escapatórias, almocei em questão de poucos minutos, lavei meu prato e voltei novamente para o meu quarto, sem dizer uma palavra sequer.

    Eu não sabia o que fazer, estava passando por um nível de nervosismo que nunca passara em toda a minha vida. Mas não havia nada que eu pudesse fazer, afinal, aquela seria, com certeza, uma das piores situações que eu já passara na vida.

   Em uma tentativa de me distrair de toda essa tensão, peguei meu notebook e o liguei, buscando sites legais e com qualquer tipo de coisa que não me lembrasse desse bendito show, mas fracassei. Por um momento de curiosidade, busquei notícias sobre a chegada do Justin e acabei parando em um dessas páginas de revista de menininhas.


   Havia uma página inteira do site dedicada à passagem do Justin pelo Brasil e, uma das primeiras notícias falava sobre a chegada dele no país, mostrando ele tirando fotos com as fãs e acenando para as mesmas na porta do aeroporto.

   Algumas outras notícias seguintes eram sobre boatos e suposições, mas a última me chamou bastante atenção. Era a mais recente e mostrava fotos do Justin na sacada do hotel, pela manhã. Ele parecia bem feliz, enquanto cantava, conversava e acenava para as fãs que vibravam lá em baixo. Parecia bem empolgante, se eu não levasse em conta a quantidade de pessoas em frente ao hotel. Aquilo era assustador...

    Assim, respirei fundo, tentando manter a calma, mas não aguentei. Rapidamente, peguei meu celular e comecei a teclar o número dele. Levou um pouco mais de tempo do que eu esperava, até a ligação finalmente ser atendida e eu escutar sua voz perfeita. Fiquei em silêncio por um minuto, buscando as palavras certas, antes de finalmente, disparar:

   - Justin, eu não posso mais fazer isso!
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Capítulo 36, amores! (: (Ah, esse é o ante-penúltimo capítulo da segunda temporada, AAAAAAH! Haha)
  
   E... Só para avisar, eu tive um problema com o meu computador hoje de manhã. Ele não ligava de jeito nenhum, mas meu irmão deu uma mexida e tanam, agora eu estou aqui! Isso lembra alguma coisa a vocês? (Hahaha, lembram quando eu estava postando a primeira temporada e isso aconteceu também? Pois é, naquela época era ainda pior, porque eu estava me mudando e tudo mais, mas enfim, voltando...) Eu só queria deixar vocês cientes disso, porque caso o meu computador pare de vez, eu terei que ficar uns dias sem postar. Então, se isso acontecer, vocês já sabem o que houve, né? :)
(O pior é que agora nem o meu note salva, porque ele já está há meses quebrados e NADA do meu pai mandar consertar :'c. Enfim, torçam para que o meu PC sobreviva, ok?!)

    Então, espero que gostem do capítulo!

(PS: A imagem do post é da Lidia Alexandra)

25 agosto 2012

2. You Make Me Love You - Capítulo 35


Ensaio



Belieber's POV

      Nem me lembro da última vez que acordei tão cedo, quanto naquela manhã. Juro que me arrependi de ter colocado o celular para despertar tão cedo. Mas, aparentemente, mesmo se eu não o tivesse feito, estaria acordada, já que, logo depois, quando eu já tinha começado a enrolar na cama, recebi uma ligação de Justin...

      - Bom dia, princesa! – falou, enquanto eu mal conseguia equilibrar o celular perto do ouvido. – Dormiu bem?
      - Como assim “dormiu bem”? A noite nem acabou ainda! – brinquei, embora houvesse bastante verdade no que estava dizendo.
      - Ok, eu sei que você queria continuar sonhando comigo, mas não dá! – continuou ele, com uma voz fofa e imaginei que também não fazia muito tempo desde que tinha acordado. – Passamos aí para te pegar em quarenta minutos, ok?
      - Hã... Eu posso ir para o hotel por conta própria, se quiser...
      - Ah, com certeza, não pode. Você não faz ideia de como está cheio aqui fora, então, se você vier, provavelmente terá problemas para entrar. Apenas se arrume muito linda e nos espere, ok?
      - Se você está dizendo... – suspirei. – Ainda lembra do endereço e percurso até a minha casa?
      - Você... Não está na casa da Manu?
      - Não! Meus pais, ou, em outras palavras, os carcereiros da minha cela, acharam melhor eu vir para casa e aqui estou!
      - Não fale assim, (Seu Nome)! Eles não são tão ruins, quando você faz parecer. A propósito, achei sua mãe muito gentil...
      - Claro, com você, ela tinha que ser mesmo!
      - Você é muito dramática, sabia? – ele riu, embora aquilo fosse uma grande mentira. – Enfim, vou passar aí logo, ok? Esteja pronta!
      - Ok! Eu te amo, bobo!
      - Eu te amo mais, dorminhoca! Te vejo logo...
      - Beijos!

      Assim, desliguei a ligação e corri para me arrumar, considerando que eu já estava praticamente atrasada. Separei um short, uma blusa azul e o primeiro tênis que vi, antes de ir tomar banho. Essa foi uma das poucas vezes na vida em que não cantei embaixo d’água, embora vontade não tenha me faltado, mas pensar em qualquer coisa relacionada à música estava me deixando apreensiva.

       Logo que acabei de tomar banho, me vestir e comecei a tentar ficar apresentável, embora mal tivesse tempo para isso, já que – se Justin fosse pontual – faltava apenas 3 minutos para eu ter que me encontrar com ele.

       Desci as escadas com a maior pressa do mundo, enquanto, em movimento, tentava escrever em um bloquinho um aviso para que meus pais preguiçoso ficassem sabendo que ninguém tinha me sequestrado, quando acordassem...
   
       “Bom dia!
           Mãe, fica calma, porque eu não sumi! Lembra que eu te avisei que precisaria sair cedo para ensaiar para amanhã? Então, falei sério! Enfim, não fica preocupada! Eu estou bem e com o celular...
          Te amo, beijos.
 
         PS: Se for você, pai, que esteja lendo isso, é tudo uma grande brincadeira! Eu estou, na verdade, no meu quarto. Mas NÃO! Não vá lá olhar, porque tem um monstro ameaçando devorar qualquer um que interrompa meu sono. Pois é...”

        Colei esse pequeno informe na geladeira com um daqueles imãs decorados, antes de sair correndo para fora de casa, após escutar o som de uma buzina.

        Lá fora, um carro preto muito, muito luxuoso me esperava. Dava para ver, do outro lado da rua, o vizinho parado, de boca aberta, apenas admirando aquele veículo "super humilde" que o Justin tinha arranjado.

      Assim, corri até a rua e a porta de trás do carro foi aberta, me convidando, de imediato, a entrar. Foi estranho ver que meu namorado imprudente não estava dirigindo como eu esperava, mas, sim, sentado no banco de trás, sorrindo para mim, enquanto Scooter ia no banco do carona e um desconhecido – pelo menos, para mim – dirigia.

       Mais do que depressa, Justin me puxou para dentro do veículo, me agarrando e começando a beijar meu pescoço, sem me dar nem tempo para protestar. O pior é que ele fazia isso com a maior naturalidade, como se nós estivéssemos em um quarto e não, na companhia de duas pessoas, que provavelmente não considerava essa cena muito confortável.

       - Justin, para! – falei, autoritária, enquanto o afastava de mim e fechava a porta.
       - Bom te ver também, (Seu Nome)... – ironizou ele, como se tivesse razão. Coitado.
       - Sei que é! – respondi, rindo, enquanto desviava minha atenção. – Bom dia, Scooter!
       - Bom dia! – retrucou ele, parecendo bem-humorado. – Então, agora parece que já podemos ir...
 
       Imediatamente, o motorista desconhecido deu partida e acelerou, nos levando de volta até o hotel mais famoso da cidade.

      - Então, (Seu Nome), eu estava falando com o Scooter sobre a música que você poderia cantar comigo... – informou Justin, quebrando o silêncio.
      - Ah, sim. E, você já tem uma ideia? – perguntei, começando a me sentir nervosa, novamente.
      - Bom, nós fizemos a programação dessa turnê com as músicas do álbum atual e uma outra de cada um dos dois álbuns anteriores. No primeiro show aqui, eu iria cantar “Be Alright” de Believe, “Next to You” do My World e faríamos um dueto presente no álbum novo, mas... Você nem o ouviu ainda, né?   
      - Admito que não...
      - Tudo bem! Não tem problema, mas sendo assim, seria mais complicado para aprender música nova e ainda ensaiar hoje, então... Eu poderia fazer o dueto de “Overboard” com você, do primeiro álbum, ao invés de “Next to You”. Não é melhor assim?
      - É, claro que é! Eu amo essa música! – sorri, começando a ficar animada. – E, eu amei quando você a cantou com a Miley. É, eu vi o seu filme, porque na época a Manuela me arrastou para o cinema, mas eu também fingi que detestei cada parte, só para irritá-la...
     - Meu Deus! Como minha namorada é boba! – falou, antes de se preparar para me beijar, sendo interrompido pelo meu dedo indicador. – E chata também, hein? Um beijo não mata ninguém, (Seu Nome)...
     - É, mas eu te conheço! Sei, perfeitamente, que você começa com um beijo, antes de me agarrar de forma inapropriada!
     - Ah, estou namorando uma velhinha antiquad... – ele se interrompeu, olhando além da janela. – Ei, olha!

     Assim que dirigi minha atenção ao ponto em que Justin apontava, meu queixo caiu de surpresa. Nós já estávamos relativamente perto do hotel e, bem ao longe, dava para vê-lo, mas o que me surpreendeu de verdade foi ver quantas garotas estavam paradas na porta, a maioria vestidas de roxo, segurando cartazes e parecendo super animadas. Eu já havia visto isso em revistas e noticiários, mas vê-las todas ali, desesperadas e histéricas, era um tanto quando surpreendente.             
  
       - Nossa, eu não esperava que fossem tantas! – afirmei, por fim.
       - Eu te disse! – Justin riu, com um ar de convencido.    
       
       Ia responder a altura, mas logo me distraí, estranhando o fato de estarmos fazendo uma curva e, aparentemente, nos desviando do caminho até o hotel.

       - Onde estamos indo? – sussurrei para Justin.
       - Nós não podemos entrar pela porta principal do hotel e, ainda sair vivos, (Seu Nome)!

       Assenti, enquanto prestava mais atenção ao caminho. Eu já tinha ouvido falar daquilo, embora pensasse que pudesse ser só um boato ou fofoca, mas parecia que não. O hotel que Justin estava ficando era um dos mais famosos da cidade, onde, geralmente, ficavam hospedados as celebridades e derivados. O que diziam por aí é que, aparentemente, havia uma entrada secreta, por onde os famosos entravam e saíam para passear pela cidade e outras coisas, sem ser incomodados. 

       Era óbvio que eu precisava descobrir se era verdade e onde era isso, afinal, e se meu futuro marido (leia-se: Ian Somerhalder) resolvesse se hospedar ali? Pelo menos assim, eu já teria mais uma chance de ir atrás dele...

       Assim, bastaram poucos minutos, até que estacionássemos em uma garagem, que eu desconhecia, monitorada por vários funcionários do hotel e subíssemos por um elevador – luxuoso até demais – até o andar em que eles estavam hospedados:  o último.

        Tentei não parecer maravilhada demais com a decoração do corredor, enquanto seguia, acompanhada apenas de Justin até o seu quarto. Admito que quando chegamos ao cômodo, não conseguir aguentar e meus olhinhos quase brilharam. Aquilo era lindo demais e eu sempre fora apaixonada por decoração de hotéis, afinal, eram perfeitas, fazendo o meu quarto se sentir humilhado.

        - Então, quando nós vamos começar com o “trabalho pesado”? – perguntei, rindo, enquanto me sentava em sua cama.
        - Ah, falta muito ainda! Eu só te mandei vir cedo para ficarmos um tempinho sozinhos... – falou Justin, sorrindo de forma sedutora, enquanto sentava-se ao meu lado.
        - O quê? – berrei, agarrando um travesseiro para bater nele. – Você me fez acordar quase de madrugada para isso?
        - Quase de madrugada? Deixa de ser exagerada! – riu, tirando o travesseiro das minhas mãos.

       Ia resmungar que estava certa, porque na minha cabeça, aquilo era, sim, quase de madrugada. Mas, antes que eu pudesse fazer alguma coisa, Justin me derrubou na cama, me agarrando, ficando em cima de mim e, me olhando de forma safada, como sempre fazia.

       - Eu não sei se você se lembra, gatinha... – começou ele. – Mas ainda sou eu quem faz as regras por aqui!
      
      
E, assim, ele aproximou seus lábios dos meus, mas não chegou a me beijar. Justin apenas olhou para mim, antes de fitar a minha boca, por um longo segundo, sem ainda assim fazer nada. Eu já estava suspeitando que ele queria apenas me provocar, mas quando ele riu e sua respiração começou a se misturar com a minha, eu tive certeza.

       - Vai ficar me torturando agora, é? – indaguei, começando a ficar nervosa, novamente.   
       - Vou! É muito engraçado, ver a sua expressão, enquanto está me desejando...

      Ok, aquela tinha sido um pouco demais. Rapidamente, usando de toda a minha força, soltei uma das minhas mãos de seu aperto de ferro, e puxei Justin, pela gola da camisa, finalmente, beijando-o. Ele riu, levemente, no inicio, mas depois fez com que o beijo ficasse de uma forma mais urgente. Me arrepiei, completamente, quando ele segurou forte minha cintura. Odiava ter que concordar com ele, mas aparentemente não era eu quem ditava regras por ali.

     - Ok, pare, safado! – arfei, enquanto afastava-o de mim, já sem fôlego.
     - “Pare, safado”? – ironizou Justin. – Não quero te desiludir, amor, mas foi você que me agarrou!
     - Ainda assim, você se aproveitou de mim e se continuar fazendo isso, não conseguirei cantar, ok? – falei, enquanto me endireitava, sentando na cama.
     - Se você está dizendo... – ele fez um biquinho, dando de ombros. – Enfim, já, já eles vão chamar a gente, quando a sala estiver arrumada, mas... Enquanto isso, está com fome?
     - Está brincando comigo, não é? Estou prestes a morrer aqui. Não sei se você sabe, mas meu namorado malvado me acordou de madrugada, praticamente e, não tive tempo de tomar café da manhã.
     - Já entendi, dramática! – riu, enquanto pegava o telefone da linha do quarto com a recepção. – Mas, você quer que eu peça alguma coisa ou vai ficar comigo mesmo?
     - Hã?
     - Esquece! Eu só perguntei, porque, bom, eu sou muito mais gostoso que muita coisa do restaurante do hotel!
     - Nossa, você nem é idiota, né? – ri. – Pede qualquer coisa logo, por favor...

     Justin fez uma careta, antes de aproximar o telefone do ouvido e começar a falar com uma atendente. Nem prestei atenção no que ele pedia, porque tinha total certeza de que qualquer coisa serviria para mim. O meu nível de fome estava realmente imensurável.

     Não sei porque fiquei surpresa quando em menos de 5 minutos, bateram na nossa porta com tudo o que ele pediu. Aliás, eu já deveria esperar e estar acostumada com isso. Acorda, (Seu Nome), você namora o Justin Bieber. Estranho mesmo seria se algo demorasse para ele.

    Assim, Justin deu uma gorjeta para a moça, que fingia, sem sucesso, não estar super animada por estar atendendo um astro pop. De qualquer forma, isso não me incomodava. A única coisa que estava me importando agora era o lindo croissant de chocolate me chamando do pratinho, com uma vontade enorme de ser mastigado por mim. Tadinho!

    E, por fim, acabei conseguindo comer apenas ele mesmo, já que não demorou muito para baterem na porta do quarto, novamente. Aparentemente, tudo já estava pronto para começarmos a fazer algo de útil.

    Justin quis pedir mais um tempo para que eu pudesse terminar de comer, mas eu o impedi. Afinal, comer era o de menos. Eu ia cantar em um palco, no dia seguinte e, todo o tipo de preparação era pouco para a minha voz de taquara rachada.

     Assim, seguimos para uma sala isolada no final do corredor. Ela estava completamente vazia de móveis, com exceção de algumas cadeiras. O resto era apenas alguns poucos instrumentos e aparelhos de som. Uma de suas paredes era apenas de espelhos, como uma sala de aula de dança.
 
     E, foi desse modo que meu dia começou. Eu treinei com exercícios de voz com uma senhora que eu esqueci o nome (ou no caso, apelido carinhoso, pelo qual todos a chamavam) segundos depois de ficar sabendo. Admito que essa não foi uma das partes mais empolgantes do dia, mas foi bom saber que eu saí do tom poucas vezes e não demorei muito para conseguir acertar tudo definitivamente.

      Em seguida, nós repassamos “Overboard” algumas centenas de vezes, para acertar a sincronia da minha voz com a do Justin, até eles terem certeza que eu estava com toda a música na ponta da língua.

     Só fizemos uma única pausa para a hora do almoço – bem tarde, por sinal – e um pequeno período de descanso, antes de voltarmos a trabalhar, simulando como tudo aconteceria no palco. Nós não faríamos uma coreografia, porque o tempo para pegá-la era pouco e, além disso, era uma música romântica, então não necessitava de muitos movimentos. Mas ainda assim, eu e Justin ficamos treinando nossa postura e a forma como agiríamos no palco, enquanto cantávamos, sem nos envolvermos demais.

    Juro que não acreditei, quando me foi avisado que “eu estava pronta” para o grande show amanhã. Não conseguia nem identificar se estava feliz ou aliviada, devido ao cansaço. Parecia que eu tinha feito pouco, mas eu não estava acostumada com isso e esse tipo de coisa realmente não é tão simples quanto parece.

   Suspirei, tentando relaxar, enquanto Justin me acompanhava até o seu quarto. Assim que ele abriu a porta para que eu entrasse, me joguei em sua cama, super folgada. Eu teria me lembrado de ter educação, se não estivesse me sentindo tão acabada.

   - Cansada? – perguntou meu namorado, aparentemente, preocupado, sentando-se ao meu lado na cama.
   - Muito! Eu não imaginava que era tão complicado! – suspirei. – Você passa por isso sempre?
   - Pois é! Mas eu amo o que eu faço. Aquelas garotas lá fora fazem tudo valer à pena, no final! – sorriu ele, passando a mão pelo meu cabelo. – Enfim, eu tenho que voltar para lá!
   - Sério? – miei, assustada.
   - Sério, mas sou só eu mesmo! – ele riu, enquanto beijava a minha testa e se levantava da cama. – Fique aqui e descanse, que logo eu venho te buscar para te levar para casa, ok? Qualquer coisa, você sabe onde estou, né?
   - Aham – suspirei – Estarei aqui esperando por você!

   Justin sorriu de forma fofa, antes de sair do quarto, batendo a porta. Assim que fiquei completamente sozinha, me endireitei na cama, deitando de forma mais confortável e, então, pensamentos sobre o dia seguinte passaram pela minha cabeça. Eu não sei bem como aconteceu, mas em um segundo, eu estava me imaginando com Justin, no palco e, no outro, minhas pálpebras estavam começando a pesar. Assim, sem intenção, acabei pegando no sono...   
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------   
Capítulo 35, amores! :)

  Então, gatinhas, eu sei que estou enrolando para postar, mas está tudo louco, ultimamente! Atualmente, estou passando por um dos momentos ":c" de ser fã (no caso, swiftie), mas isso não importa. O importante é que, agora, além de cuidar do "Devaneio", eu resolvi dar atenção para o meu outro blog abandonado (para quem quiser, o nome é "Fingindo Ser Perfeita", mas ele é uma grande porcaria). E além disso, eu fui chamada por uma amiga para ajudar a cuidar de uma página no facebook, para a Taylor (se quiser curtir, "Taylor Swift is Ours")... Aliás, falando em páginas no facebook, vocês já curtiram a do blog? :) (E só clicar aqui e curtir!)

   Enfim, por enquanto é só, amoures! Eu espero que gostem (E, espero que se vocês tiverem alguma sugestão de foto que prove o quando eu sou swftie e o quanto eu mereço ir no pocket show da Taylor aqui no Rio de Janeiro. Ok, é patético! Mas eu tô muito, muito desesperada mesmo :c).

   Ah, e por falar em Rio de Janeiro, lembra que eu perguntei para vocês, quem morava no RJ? Então, é por isso porque, não sei se vocês sabem, mas a BieberMania está organizando um "Encontro de Beliebers" aqui e eu queria saber sobre isso, porque seria muito legal conhecer vocês (embora eu não tenha certeza se estarei lá, ainda kk Mas vou ir acertando isso ao londo da semana =D)

   Por hoje é só! E... MUITO OBRIGADA a Vick :), uma leitora "nova" aqui do blog, que me mandou um selinho! Responderei as perguntas e o postarei em breve, amore!

(PS: A imagem do post é do District2)