31 janeiro 2012

You Make Me Love You - Capítulo 11

Algo errado



Justin's POV

  Depois de me despedir das meninas, segui para o meu quarto. Estava meio cansado, acho. Meus pensamentos estavam longe demais quando esbarrei com Scooter, no corredor.

  - Alguém por aqui está meio distraído?- ele perguntou, rindo.
  - Fala, Scoot! O que você quer, cara? – perguntei, enquanto procurava a chave do quarto, no bolso.
  - Não é nada, só queria saber se você gostou de conhecer as vencedoras do seu concurso?
  - Ah, claro! –disse, enquanto abria a porta do quarto, convidando-o para entrar – São muito simpáticas!
  - “Simpáticas”? Sei! Quando decidimos a ganhadora, peguei a ficha dela para checar os dados pessoais e vi que ela era brasileira, achei mesmo que você as acharia... hã... “simpáticas”, né? – Scooter fez piada.

  Era fato que eu adorava as brasileiras, elas tinham algo... Sei lá... Diferente! Mas, por enquanto, eu não as via como o Scooter estava insinuando. Eu apenas enxergava meninas bonitas, doces e... Realmente simpáticas! Ou, pelo menos uma delas.

  - Haha, muito engraçado,hein? – ironizei. – Mas, eu sei que você não veio aqui só para isso, não é?
  - É, na verdade, não! Eu tenho que falar com você sobre o show de amanhã! – ele fez uma pausa – Eu estava pensando em tirarmos “Be Alright” e colocarmos uma música do antigo álbum.
  - Por quê? Ainda mais agora, em cima da hora... – perguntei, estranhando a proposta dele.
  - Bom, eu não sei! Eu andei conversando com o pessoal já faz um tempo. É que você...Você fica estranho quando começa a cantar essa música. Eu sei que como você e a Selena terminaram, você deve ficar desconfortável ao...
  - Espera, Scooter! – o interrompi – Eu não compus essa música para Selena e tampouco fico estranho por causa dela. É que... Ah, deixa para lá! Mas, talvez, isso seja bom, acho que algumas beliebers sentem falta das músicas do antigo álbum. Que tal se a substituíssemos por “One Less Lonely Girl”? Elas gostam muito!
  - Se você acha melhor! Então, acho que teremos que arranjar um buquê de rosas, né? – Scooter riu.

  Assenti, como se aquilo fosse óbvio. E... Era! Eu só escolhi essa música, justamente por causa desse momento, eu sei que elas adoram!

  - Então, eu vou encomendar umas agora! Amanhã, às 13h, você já tem que estar na arena, onde vai acontecer o show, ok?- ele me alertou.
   - Eu sei!
   - E não vai passar o dia com as beliebers, tudo bem? Kenny irá acompanhá-las para onde quiserem ir pela manhã, depois irão conhecer os mecanismos do show. Talvez, vocês se esbarrem por lá, não é?
  - Fazer o que, então? Tudo bem e eu vou estar legal para amanhã, ok? – afirmei.
  - Ótimo! Vou encomendar as rosas! As melhores que tiverem, não é? – Scooter riu, me lembrando do que eu sempre recomendava. – Vê se descansa bem, hein? Último show amanhã, relaxa, ok?
  - Vou fazer isso! – ri.

  E então, ele acenou e saiu, batendo a porta. Argh! Me joguei na cama, bruscamente. Estava cansado, nem sei porquê. Só estava! Decidi tomar um banho para relaxar. Peguei uma blusa e uma bermuda qualquer e me dirigi ao banheiro. A água quente que caia do chuveiro ajudava na idéia de relaxar, mas alguma coisa ainda me incomodava.

  Fiquei embaixo do chuveiro durante quase 1h. Era bom, me ajudava a pensar. Assim que sai, me vesti e sequei o cabelo, deixando ele do jeito que  ficasse, pois provavelmente não sairia novamente naquele dia.

   Assim que sai do banheiro,  percebi que já havia escurecido.  Interfonei para a recepção do hotel e pedi se podiam trazer o meu jantar até o quarto. Chegou meio rápido demais, mas tudo bem. Peguei o prato e depois de muito procurar, achei dinheiro para dar como gorjeta a moça que havia trazido a refeição. Ela agradeceu, gentil e se retirou.

  Comi, meio rápido demais , mas deixei alguns restos no prato. Não estava com tanta fome para ingerir aquela montanha de comida, que é feita pelo restaurante.

   Logo, ouvi baterem a porta e fui abrir, sem o mínimo ânimo. Era minha mãe.

 - Então, está pronto para amanhã? – ela me perguntou animada e mexendo em meu cabelo.

  Bufei, após sua pergunta e me joguei na cama, gemendo baixinho.

  - Ok, Justin, o que foi? – ela perguntou, rindo do meu “drama” e se sentando ao meu lado.
  - Nada! Eu só estou um pouco tenso! – falei, me endireitando a seu lado.
  - Relaxa, amor! – ela me abraçou – Vai dar tudo certo, sempre deu!
  - Espero que sim! – eu adorava o abraço da minha mãe, era bom, confortador.
  - E então, mudando de assunto, gostou de conhecer as tais beliebers que você estava tão ansioso para encontrar?

  Tá, por que todo mundo resolveu perguntar isso de repente? Que saco! Essa garota... A (Seu Nome)... Já não quer sair da minha cabeça e eu ainda tenho que agüentar, eles me lembrando.

 - Ah... É, gostei! – respondi, talvez um pouco seco demais.
 - Por que eu acho que você não está sendo totalmente sincero,hein?
 - Não, sério... Eu gostei de conhecê-las, elas são bem bonitas, simpáticas e fofas. Mas... Acho que a... (Seu Nome) não gosta tanto assim de mim!- não sei bem o porquê, mas isso me incomodava muito.
 - Jura? Mas ela é tão querida!- Minha mãe estava sendo cegamente gentil – Ela falou comigo hoje, toda envergonhada. Uma fofa!
 - Estamos falando da mesma pessoa? – sim, eu realmente suspeitava que a minha mãe estivesse confundindo as coisas – Eu não sei você, mas eu percebi que ela estava toda desanimada com tudo o que fazíamos hoje!
 - Ora, Justin, talvez ela só esteja cansada pelo vôo. Ela chegou e só teve tempo de descansar agora! Dá um desconto, aposto que amanhã será melhor.
 - Talvez você esteja certa.
 - Então, porque você não esquece isso e vai descansar, hein?
 - Ok, então - sorri para ela.

  E, se levantando da cama, minha mãe caminhou até a porta.

  - Então, eu já vou indo, lembrei que tenho que fazer uma coisa que prometi para a (Seu Nome)! Você vai ficar bem e tentar descansar?
 - Claro! Ah, mãe, antes de ir, será que a senhora poderia...hã... – olhei sugestivamente para a bandeja do jantar, que ainda estava em cima da cômoda.
  - Tudo bem, eu levo isso também, seu pequeno preguiçoso – ela riu, boba. – Boa noite, filho!
  - Ei, dona Pattie Mallette, você ACHA que vai ir dormir sem um beijo de boa noite do seu filhão gostoso aqui?
  - Filhão gostoso? – ela arqueou a sobrancelha, duvidando do que eu havia dito. – Ok, vem aqui então dar um beijo na dona Patricia Mallette.

  Me levantei e fui até ela. Beijei sua bochecha e fiquei ali. Passou um minuto... Depois, dois! E ela já havia começado a rir de novo.

  - Justin, seu bobo! Para de graça! – ela disse, rindo, me fazendo me afastar de seu rosto.
  - Ué, você vai ficar horas dormindo... Não achou que um beijo simples seria suficiente,né? – ri também.
  - Vindo de você, nada é suficiente! – ela abriu a porta e depois olhou para mim, doce – Boa noite, filho! Eu te amo!
  - Eu te amo também, mãe! – disse, sorrindo.

  E então, ela saiu. E, sozinho, eu voltava a pensar naquela garota. Ai, que saco! Queria tirá-la da cabeça um pouco, mas... Sei lá, não me parece justo ela ter que ficar em minha companhia durante um mês, se não gosta de mim... Ah, quer saber, vou fazer outra coisa para ver se esqueço isso!

  Peguei meu notebook e entrei no twitter. Eu costumo entrar pelo celular, mas hoje tinha tempo o suficiente para ficar de bobeira vendo o que minhas beliebers escreviam. Não ia twittar nada, só ficar olhando para tentar me animar, mas elas eram tão empolgadas, que me deixaram empolgado também.

  “Dia divertido! As beliebers vencedoras do concurso chegaram. Pena terem que ser só duas! Se pudessem passaria a vida com todas vocês”

  E logo já haviam milhares de retweets. Ri disso, eram sempre tão dedicadas. E continuei outro tweet.

  “ Último show da turnê amanhã.Quem vai? :)”

  Menos de um segundo e replys a mil. Meu Deus, como eram rápidas.

  “Obrigado a todas vocês que estiveram comigo na #BelieveTour. E as que não puderam... #NEVERSAYNEVER. O próximo album e uma nova turnê logo estarão ai!

  Continuei...

 “Começamos juntos e terminaremos isso juntos, amanhã! #ILOVEMYFANS

  E passei o resto do tempo apenas dando RT, respondendo e seguindo muito. Isso é o mínimo que faço por elas. Se pudesse, seguiria todas e conversaria todos os dias com elas. Estava mega animado, vendo a reação de uma belieber, após uma DM que eu tinha mandado, quando percebi que já era bem tarde e eu já deveria ter ido dormir.

  Sai do twitter e desliguei o computador, deixando-o em cima do criado-mudo. Tirei a camisa antes de dormir, afinal aqueles dias tinham sido estranhamente quente. Fiquei durante um bom tempo, apenas deitado, pensando em milhares de coisas. E essas coisas incluiam as beliebers que estavam no hotel. De repente, tive uma idéia e liguei para o Scooter.

  - Scooter, você estava dormindo? – perguntei, quando ele atendeu.
  - Não, mas você já deveria estar! – ele respondeu.
  - já sei... Só liguei para pedir um favor. Tem como você...

  Scooter confirmou minha idéia e finalizou a ligação me mandando dormir. Aff, não tenho 3 anos! Eu sei o que devo fazer. E logo, acabei, dormindo mesmo.
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Capítulo 11 para a felicidade geral da nação...Ou não! skaoskaoskapsak
  Eu não sei se esse capítulo ficou bom, porque eu não sou um menino. Logo, não sei o que eles pensam, apenas imagino o que o Justin pensaria nessa situação... skaooksoaksoakso

Enfim, só isso! Beijinhos! Amo  vocês
Espero que goostem!

(Imagem do post é da Megan Maginn )

30 janeiro 2012

You Make Me Love You - Capítulo 10

Passeio em NY



  Assim que acabamos, Justin resolveu tudo sobre a conta. E logo nos convidou para outro programa: um “passeio” pelas ruas de Nova York. Sinceramente, iria recusar. Estava cansada, a tensão do vôo e tudo mais tinha me esgotado. Porém, Manuela aceitou, sem nem me consultar. Nossa, nem sei por que fiquei surpresa, aposto que se o Justin chamasse ela para pular em um tanque de tubarões, ela iria sem pensar duas vezes.

  Bom, eu tive que aceitar sair também, afinal, não ia deixar ela ir “sozinha”, pois, de qualquer forma, eu me sentia um tanto quanto responsável por essa louca. E deixá-la sozinha, sabendo do nível de histeria em que ela estava, seria um perigo não só para ela, como para todos que estavam a 100 km de distância.

  Nós saímos do restaurante e apenas andamos pelas lindas ruas da cidade, enquanto continuávamos conversando... Ou melhor, eles conversavam, e eu observava e escutava. Para falar a verdade, eu me sentia um peixe fora d’água ali. Nunca me adaptei rapidamente ao novo. Mas, de repente, enquanto pensava sobre coisas aleatórias, percebi alguma coisa muito suspeita. Cheguei mais perto dos dois e sussurrei.
 
  - Não olhem agora, mas... Tem um cara do tamanho de um armário, seguindo a gente!

  Acho que nenhum dos dois entendeu o “Não olhem”, porque assim que acabei de falar eles viraram super indiscretos para trás. E Justin começou a rir. Ah, que lindo isso, um maluco de quase 30 metros de altura, seguindo a gente e o babaca fica rindo? Deve ser por isso que a minha melhor amiga é fã dele. Os níveis de anormalidade são os mesmos.

  - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

  Manuela gritou novamente. Finalmente uma reação sensata... Ou não! A doida saiu correndo de encontro ao maluco perseguidor. Será que sou eu ainda continuo em sã consciência?

  -KENNY! – minha amiga gritou, pulando em cima do armário... digo, do tal homem. – Ah, Kenny, você é o maior! – Nisso eu tinha que concordar.
  - Bom, acho que você já sabe que ele não é nenhum psicopata agora, não é? – Justin perguntou para mim.- Esse é Kenny, meu segurança. Ele tinha que vir comigo, mas achei que seria estranho se ele andasse com a gente e pedi para ele ficar a alguns passos de distância.

  Ok, supernormal isso, hein, Justin?

  Assim, que Manuela saiu de cima do tal Kenny, eu fui me fingir de fofa e o cumprimentei com um aperto de mão. Não vou nem comentar que a minha mão quase se perdeu na mão gigante dele. De repente, uma musiquinha agradável começou a tocar, vinda do bolso do Justin. Ele rapidamente pegou o celular e checou quem era.

  -Ah, Eu tenho mesmo que atender, meninas! Podem me dar licença rapidinho?

  Assentimos e ele se afastou, atendendo o celular. E enquanto isso a Manuela fez com o Kenny o mesmo que fizera com o Scooter mais cedo, bajulá-lo até não poder mais. E quanto a mim? Bom, eu fiz o mesmo que venho fazendo desde que cheguei aqui: ficar com cara de tacho e não saber o que fazer.

  Logo, Justin voltou para perto de nós. Uma expressão não tão boa no rosto.

  -Ah, era a minha mãe. – Ele parecia meio envergonhado.- Queria saber se vocês já tinham chegado e... Perguntou também se não queríamos nos encontrar com ela em um restaurante aqui perto para almoçarmos? Ela quer conhecê-las.
  - Oh, my Bieber! Você está dizendo que a minha sogra nos convidou para almoçar com ela? – Manuela surtou.

  Sogra? Pisei com força no pé da maluca para ver se ela se tocava do que tinha acabado de dizer. Ela logo percebeu e tentou consertar:

  -Ah, quero dizer, a Pattie? Que legal,não?! Vamos logo!
  -Ok,então! – ele riu – O restaurante não fica tão distante daqui, vocês preferem ir andando ou de carro?

  Eu ia implorar para irmos de carro, mas não tive tempo, minha doce melhor amiga achou melhor irmos andando, porque assim tínhamos tempo de conversar e tudo mais. Por Deus, o que essa garota tem nessa cabeça? Eu não agüento mais!
                                                                     *****

  Por sorte, o restaurante realmente não ficava tão longe, mas de qualquer forma, eu cheguei lá quase morrendo. Rezando para que aquele almoço fosse a última coisa que faríamos naquele dia. Seguimos para a mesa em que Pattie estava sentada. Ela nem percebeu que tínhamos chegado, estava distraída olhando o cardápio.

  - PATTIE, SUA DIVA! – Juro que eu já estava ficando meio cansada da voz da Manuela naquele dia – Nem acredito. É você mesma! Em carne, osso e beleza eterna!

  Pattie ria, acompanhada de Justin, enquanto Manuela a abraçava. Logo, eu a cumprimentei também, mas fui um pouco menos histérica que minha amiga.
 
  Nos sentamos, eu, Manu, Justin e Kenny e logo escolhemos o que iríamos comer. Enquanto esperávamos, Pattie conversava conosco, fazendo quase as mesmas perguntas que Justin tinha feito mais cedo. Logo, os pratos chegaram, mas nem por isso paramos de conversar entre uma garfada e outra. Diferente do café-da-manhã, dessa vez eu até falava um pouco mais, afinal, Pattie era tão simpática.

  Quando acabamos, Manu se retirou para ir ao banheiro e Justin, junto com Kenny, foi resolver o pagamento da conta. Acabamos ficando somente eu e Pattie na mesa. Assim, eu lembrei de algo que tinha prometido para minha mãe antes de viajar, e, então meio sem jeito e com a cara quase no chão de tanta vergonha, eu comecei:

  - Pattie... – respirei fundo antes de continuar. Nossa, que vergonha! – Então, eu e a Manu viemos para cá sozinhas e, antes de vir, eu prometi para minha mãe que assim que chegasse, para tranqüilizá-la, pediria para alguém da equipe do Justin entrar em contato com ela, e eu estava pensando se...
  - Se esse “alguém” poderia ser eu? – ela sorriu, doce e eu sorri mais envergonhada em resposta. – Mas, claro que sim, minha querida. Vou deixa o número dela salvo no meu celular e assim que retornarmos ao hotel, eu ligo, tudo bem?

  Eu assenti e depois passei o número da minha mãe para Pattie, que era realmente e completamente fofa.
                                                                  
                                                                    *****

  Minutos depois, Justin, Kenny e Manu  voltaram e nós todos fomos embora. Infelizmente, fomos a pé mais uma vez. E, dessa vez, parecia que o hotel tinha criado pernas e andado para mais longe que antes.

  Assim que chegamos, Justin e Pattie nos levaram até o quarto em que ficaríamos, que seria no mesmo andar do quarto em que eles estavam hospedados. Logo que ele abriu a porta para nós entrarmos, meus olhinhos brilharam. Não porque o quarto lindo, apesar de ser mesmo, mas por finalmente poder descansar.

  -Ah, meninas, vou deixá-las a vontade agora, para descansarem. Sei que voar é exaustivo mesmo – Justin riu. – E além disso, teremos um dia cheio amanhã, não é? Quem está animada para o show?

  Manuela gritou, enquanto eu apenas sorri, sem muito ânimo para fingir está super animada. Justin percebeu e olhando para mim, ele deu um meio-sorriso. Acho que ficou um pouco chateado. Ah, quem liga?

  - Então...- começou Pattie – Qualquer coisa, o Justin está no quarto 1206 e o meu é o 1207. Ou, liguem para recepção e peçam o serviço de quarto,ok?

  Assentimos. Com um “tchauzinho” simpático, ela se despediu. Justin quis ser um pouco mais... hã... Íntimo? Sei lá, só sei que o maluco nos deu... um beijo de boa noite, acho! Primeiro em Manuela e depois em mim, mas ao se afastar, percebi que ele me olhava estranho. Era diferente dos olhares que conhecia, meio inseguro, talvez ainda chateado. Não sei, mas logo ele saiu, fechando a porta.

  Então como se não bastasse, minha amiga louca pulou em cima de mim, ainda super animada.

  - Ai, não te disse? Ele é perfeito! Acho que nunca mais irei lavar a minha bochecha!

  Não falei? Completamente, LOUCA!
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Pronto, Capítulo 10 postado!  Hã... Eu só queria fazer algumas observações hoje,tá?

1° - Eu vou ignorar o clima correto de NY, tá? Tipo, eu acho que na época do ano em que a IB ocorre, lá estaria no inverno, super frio. Mas, não seria nada favorável para o andamento da IB. O que vocês acham? Se não gostarem, eu sigo o clima normal da cidade,ok?
2° - Minha beliebers lindas, façam um favor para mim? *--*
COMENTEM! skaokoakoakaks Sério, amoures, o comentário de vocês me ajuda a saber se a IB tá boa ou não, e em que eu tenho que mudar ou melhorar! Só parar deixar vocês com ciumes, quando eu escrevia fanfics da TMJ e romances  originais, eu recebia em média uns 10 comentários por capítulo! Sério... hahahahahaha. E, não, eu não vou parar de postar por falta de comentários, até porque eu sei que algumas pessoas leem e não seria justo com elas, mas seria muito legal para mim  se vocês comentassem,ok? N

É como dizem, comentar não tira pedaço e faz bem ao coração do autor!  hahahahahah'
Amo vocês :)
E espero que gostem do capítulo!

(Imagem do post é da AllRealityOrNot)

29 janeiro 2012

You Make Me Love You - Capítulo 9

Um pouco desconfortável aqui

 
   Demorou mais ou menos uns cinco minutos, até Manuela parar de gritar e agir como uma pessoa normal. Na verdade, nem tão normal assim. Ela saiu correndo feito louca até a mesa do Justin. Este já havia se levantado, esperando por ela de braços abertos, preparado para um abraço. Manu se jogou em seus braços e não o soltou durante uns bons dez minutos, enquanto eu apenas disfarçava que queria rir da situação.

  Ao, finalmente, se afastar do “amor da sua vida”, vi que Manuela chorava. Eu quase fiquei com pena dela, mas... Não! Na verdade, eu não entendia o porquê de tanta histeria. Apesar de tudo, Justin ainda era tão humano quanto nós.

  Ok, eu mudei de opinião sobre o termo “humano”, cinco segundos depois, quando vi o mesmo garoto de braços abertos, agora, olhando e sorrindo para mim. Eu não sou mesmo de abraçar estranho, mas iria pegar mal se eu não fizesse isso. Então, tentando parecer super animada por estar com ele, eu corri até seus braços. E foi... Estranho! Não sei descrever. O abraço dele era bom, quente. Mas ele ainda era um desconhecido, o que me impedia de gostar de tanta aproximação física.

  Por fim, depois de todas as “apresentações” e derivados, nos sentamos para realmente tomar café. Porém, infelizmente, Scooter não pode nos acompanhar nessa nova etapa do dia, tinha que resolver alguns problemas ou qualquer coisa assim. Uma pena! Scooter era realmente fofo... Agüentar os ataques da Manuela, não era tarefa para qualquer um, não.

  - Ah, então, o quê vão querer, minhas beliebers? – perguntou Justin, fazendo eu voltar minha atenção para o que acontecia a minha volta.
  - Minhas beliebers? – Manuela miou, toda emocionada.

  Só eu que acho isso ridículo? O cara nem me conhece e já vem me chamar de “minha”? Alguma coisa está muito errada aí, que intimidade! Desde quando ele comprou a minha pessoa para poder ter direito de me chamar como se eu fosse uma propriedade? Além disso, se eu realmente fosse uma propriedade, eu seria muito cara mesmo. Nem o Justin cheio de grana teria o suficiente para me comprar,ok?

  -Então... – Justin falava novamente. Ai, que sem-educação! Já é a segunda vez que ele interrompe o que eu estou pensando. Vou pensá-lo em matá-lo mentalmente, para ele ver como é bom!
  -(Seu Nome)... - agora era Manuela que além de me chamar me deu um baita chute, por baixo da mesa.- Você está legal?

  Eu xinguei ela de 30 mil coisas diferentes,na minha cabeça. Mas, por fora, permanecia doce e calma.

  - Ah, desculpem, gente! Eu... Tenho que fazer uma ligação! Podem me dar licença, um segundo? Podem ir pedindo o que quiserem, eu já volto.

  Na verdade, eu tinha mesmo que ligar para minha mãe, como prometi, mas... Eu nem me lembrei disso quando usei uma desculpa ridícula como aquela. Estava me sentindo um tanto desconfortável ali. É realmente muito chato ficar sentada em uma mesa com um “pop-star adolescente” e uma amiga que só falta beijar o chão por onde ele pisa. Por que eu aceitei viajar mesmo?

  Tentei afastar isso da minha cabeça, enquanto discava os números do telefone da minha mãe no meu celular. Tentei uma vez, ninguém atendeu. Na segunda, também nada. E, por fim, na terceira vez em que ligava, perdi a paciência e deixei um recado na secretária eletrônica. Disse que tínhamos chegado aquela manhã, que eu estava bem, que andar de limusine é muito legal e depois menti dizendo que o Justin era muito amável e que tudo estava indo muito bem. Finalizei o recado, lembrando que a amo e desliguei.

  Não estava com a mínima vontade de voltar para lá, mas eu tinha que ser educada e também estava morrendo de fome. De qualquer forma, era melhor que eu fizesse isso logo, antes que eu acabasse me perdendo nesse hotel enorme.

  Me apressei um pouco para não deixá-los esperando, mas ao chegar à mesa em que os dois se encontravam, não havia nenhum prato ali, eles apenas conversavam.

  -Voltei! – disse me sentando no lugar em que estava antes. – Hã... Vocês já acabaram?
  - Não!- Justin sorriu – Só achei que não seria legal a gente fazer o pedido na sua ausência. E então, a gente já sabe o que vai pedir, você quer alguma sugestão?

  Ok, admito, esse jeito preocupado dele era fofo, mas eu aposto toda a minha pequena grana que ele só faz isso porque tem que tratar as fãs assim.

  - Na verdade, eu aceito sim! Iria levar muito tempo para procurar algo nesse cardápio tão enorme mesmo! – Tentei ser igualmente educada.
 - Então, eu e o Justin – Manuela estremeceu ao falar o nome do garoto que estava sentado ao seu lado – pedimos a torta de chocolate com um cappuccino. Eu achei que você iria gostar também, mas como não tinha certeza, eu...
- Tudo bem! Pode ser isso mesmo, Manu!

  Justin chamou um garçom e então fizemos os pedidos, que chegaram depressa. Enquanto comíamos, conversávamos sobre... Nós. Justin perguntava tudo sobre a gente e Manuela respondia mais que depressa. No meio disso tudo, eu falava pouquíssimo e só observava enquanto minha amiga contava tudo sobre as nossas vidas ao “grande amor da sua vida”. Daqui a pouco, ela diria ao garoto até qual a cor da calcinha que eu estava usando. Sim, Manuela é tão louca, que se ele perguntasse, ela responderia, sem hesitar.

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Capítulo 9 aí, povo! Eu nem tenho muitas observações a fazer desse capítulo, exceto uma:
Esse será o única capítulo que eu vou postar hoje,tá?

Bom, espero que gostem  :)

(Imagem do post é da r.)

28 janeiro 2012

You Make Me Love You - Capítulo 8

Hello, NY!
                                               

 Senti um frio na barriga ao ouvir o piloto anunciar que estávamos nos afastando do chão. Manuela apertou minha mão e eu sorri para ela. Admito, estava com medo. De quê? Não sei! Olhava pela janela, tentando afastar essa estranha sensação de mim, mas era impossível. Até que tanto medo e insegurança me cansaram e eu acabei dormindo e... Sonhando.

  Era um sonho estranho. Eu estava sentada em... Uma sala? Não sabia identificar, estava escuro! Até que um holofote acendeu, iluminando um círculo a minha frente, onde um garoto se encontrava. Era um garoto mais ou menos da minha altura, mas... Eu não conseguia ver seu rosto, estava encoberto pelo capuz do seu casaco roxo.

  O tal garoto começou a cantar uma música que eu não conhecia e, logo, aos poucos ia se aproximando de mim. Ele contornou a minha cintura com seus braços e começamos a dançar ao redor da sala. Eu nem sabia que sabia dançar, mas ele estava me guiando, como se nós já dançássemos juntos há muito tempo. Mas, de repente, sem razão aparente, ele parou. Ainda com a mão na minha cintura, me puxou para mais perto e selou seus lábios nos meus. O tal estranho tirou uma das mãos da minha cintura e a levou até meu rosto. Ele acariciava minha face, enquanto o beijo ia ficando mais intenso. Mas... Era só isso! Só a sensação, que, admito, era ótima, mas, ainda sim, eu não conseguia ver o rosto do garoto. Meus olhos estavam fechados, por mais que eu me esforçasse para abri-los, eu não conseguia. MAS QUE RAIVA!
 
   E, em um impulso, eu acordei! Aff, detesto sonhos, em que tenho consciência de que estou sonhando... Eles são frustrantes!

  Ao olhar pela janela do avião, percebi que já era dia. Pareceu tão pouco tempo, no sonho. De repente, uma voz avisa aos passageiros que estávamos nos preparando para pousar no aeroporto de Nova York. Estremeci e apertei a mão da Manu, mas ela ainda dormia. Então, com cuidado, o que não era comum, cutuquei-a para que acordasse. Ela demorou um pouquinho, mas aos poucos abriu os olhos, sorrindo.

  -Ai, (Seu Nome), eu acabei de ter o melhor sonho da minha vida! Eu e Justin estávamos juntos e ele estava dizendo que me ama... Quando VOCÊ ME ACORDOU NA MELHOR PARTE!- a maluca falou, com um olhar de reprovação.
 - Shh! Fala baixo!- tapei a matraca dela com a mão – E, desculpa, ok? Eu só te acordei, porque nós vamos pousar em poucos minutos.

  A expressão de raiva dela se iluminou em um sorriso lindo e, então, ela me abraçou. Acho que nunca tinha a visto tão feliz. Aliás, eu nunca vi ninguém tão feliz como ela estava nos últimos dias.
                                                                   *****

  Ao sairmos do avião, eu ainda estava um pouco atordoada. Aquele aeroporto era o mais movimentado que já vira. Contornei o braço da Manu, para que não nos perdêssemos uma da outra, enquanto íamos pegar nossas malas.

  - Está bem! Agora que já estamos aqui. O que a gente faz? – Perguntei, confusa.
  - (Seu nome), acorda! Lembra da tal carta. Agora, nós vamos lá para fora, procurar uma limusine que estará esperando por nós, tonta!

  Sim, eu estava meio tonta mesmo, naquela manhã. Mas nunca tinha viajado para tão longe e ainda mais com a minha melhor amiga maluca. Ainda sem coragem de soltar o braço de Manuela, nós seguimos juntas para fora do aeroporto. Lá fora, ainda era movimentado. Não agüentava ver tanta gente junta, mas, de qualquer forma, foi fácil achar a tal limusine. Ela estava estacionada ao lado de um cara, vestido de terno e com um papel escrito “Manuela Magalhães de Oliveira”, o nome completo da demente ao meu lado.

  Corremos até lá (eu quase tropecei na minha mala, no caminho), e o tal homem verificou nossas pulseiras. Aparentemente, algo naqueles acessórios se diferenciava de todos os outros, não que isso me interesse muito. Em seguida, o tal senhor “super estranho” pegou as nossas malas, acomodando-as no porta-malas e, sem seguida, abriu a porta para nós duas entrarmos. Ui, que cavalheiro!

  Estava tudo correndo perfeitamente bem, até o momento em que sentamos nos bancos traseiros e eu vi que dentro do carro tinha outro homem/provavelmente um pedófilo sinistro.

  - AAAAAH! – berrei - Socorro! Um maluco!
  - Ficou maluca, (Seu Nome), deixa de ser doida! Esse é o fofo, perfeito e maravilhoso Scooter Braun, ele quem “descobriu” o Justin. - Manu fez uma pausa e mudando de idioma se dirigiu ao, para mim, desconhecido - OMB! Scooter, que prazer te conhecer! Eu te amo! Fala sério, você foi quem me fez conhecer a pessoa mais inspiradora da minha vida e...

  E, Manuela foi bajulando o pobre homem, até chegarmos ao nosso destino. Eu já estava ficando com pena do Scooter, que não teve tempo para dizer uma única palavra, desde que nos encontrou pela primeira vez... Pelo menos até agora!

  - Ah, desculpa interromper, mas... – começou Scooter, finalmente fazendo Manuela calar a boca. – Apesar de ficar muito lisonjeado e ser um prazer conhecer vocês duas! Tenho que informar que nós acabamos de chegar ao hotel que vocês ficarão nas próximas 48 horas, antes de mais uma viagem. Então, quem está pronta para conhecer o Justin?

  Bom, depois que ele disse isso, um ruído ensurdecedor  que poderia ser ouvido a quilômetros de distância foi emitido. Resumindo, Manuela gritou como louca. E, enquanto eu decidia se batia nela ou não, Scooter apenas ria... Fofo!

  Saímos da limusine, na companhia de Scooter, que nos assegurou que nossas malas seriam levadas para nossos respectivos quartos, que também nos seria mostrado mais tarde. O importante (pelo menos para a amiga que eu levava a tiracolo) era que estava na hora de encontrar o Bieber, que estaria no restaurante do hotel, pronto para tomar café conosco.

  Nós demoramos uns trinta anos para chegar nesse tal restaurante. Aquele hotel parecia uma cidade, de tão enorme. Mas chegamos, eu, particularmente, morta de fome. Porém, minha linha de pensamento foi interrompida, mais uma vez, pelo grito histérico da minha melhor amiga. E seguindo seu olhar, eu percebi o motivo de sua histeria: A apenas alguns passos dali, Bieber estava sentado em um mesa, sozinho, sorrindo para nós.

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Está aí o capítulo 8 está aí!
Só lembrar uma coisa, eu pesquisei um pouco sobre o vôo para NY e achei vários resultados, um mais diferente que o outro. Então, eu considerei o que dizia que era de aproximadamente 10 horas, porque assim ficaria mais favorável para a IB... :)
Espero que gostem


(Imagem que ilutra o post é da Luíza Klapper)

You Make Me Love You - Capítulo 7

Último dia e... Adeus!

                      

  Pela manhã, acordei com a luz do sol batendo na minha cara. Eu tinha esquecido de fechar as cortinas, no dia anterior. Sentada na cama, eu me “alonguei” e voltei a deitar. Desculpe, mundo, mas a minha cama é seduzente demais para que eu possa resistir.

   -Ô, demente, você não vai levantar, não?
  
   Ok, voz masculina vindo de algum lugar do meu quarto. Por favor, Deus, não seja um estuprador!

  Cautelosa, corri os olhos por cada canto do meu quarto, até ver Lucas sentado na cadeira da escrivaninha e mexendo no meu computador. Por um lado, isso era bom, porque não era um estuprador, mas por outro, meu melhor amigo estava invadindo meu quarto e me vendo com o cabelo todo bagunçado e o rosto todo marcado pelo travesseiro. Isso não parecia nada legal.

  - Lucas, seu babaca! O que você está fazendo aqui?
  - Está com amnésia ou o quê, (Seu Nome)? Você me convidou para vir aqui e ainda almoçar, tá? Eu cheguei cedo como você mandou e sua mãe me deixou subir, ué?- ele parou de falar por um minuto, ligado demais em algo que via no computador – Epa! Epa! Quer dizer que a senhorita está dando em cima do Rafael? Que segundo a Manuela é o segundo garoto mais gato da sala...
  -Ei, para de olhar meu histórico do chat! Além disso, eu não estava dando em cima dele, estava só sendo gentil e... Segundo a Manuela, ele é o primeiro garoto mais gato da sala! – disse, finalmente me levantando da cama e indo em sua direção.
  - Isso porque a nossa doce Manuela se esqueceu de me incluir nessa lista, ok? E... Ui, quem é essa Renata aqui, hein? Que delicinha!

   Perdi a paciência.

  - Primeiro, para de olhar o meu facebook, Lucas! Segundo, você não vai mesmo dar em cima da Renata. Eu odeio essa garota, é uma vaca! E não é “vaca” no bom sentido,ok? E, terceiro, eu vou tomar banho e, se quando eu voltar, você estiver mexendo nos meus perfis em qualquer rede social, ou pior... Falando com a Renata, eu vou te castrar, ouviu?

  Lucas assentiu, possivelmente assustado. Eu, com certeza, não era muito amigável, quando perdia a paciência. Deixando esse fato inscontestável de lado, fui até o armário, peguei um vestido simples e corri para o banheiro.

  Tomei um banho rápido, mas relaxante. Quando estava me vestindo, ouvi risadas vindas do meu quarto e fiquei preocupada. Eu nunca sei o que esperar do Lucas! Penteei o cabelo, com pressa. E, logo, sai do banheiro.

  No quarto, o meu melhor amigo bobão ainda estava no meu computador e gargalhava (muito alto, por sinal). Cheguei, sorrateiramente, perto dele e vi que ele estava mexendo nos meus arquivos, mas especificamente, em fotos muito velhas e muito vergonhosas também. Com raiva, peguei meu travesseiro e comecei a bater nele.

  Lucas, despreparado, caiu da cadeira e por pouco não leva o meu computador para o chão também. Eu, sem dó, iria bater mais, mas não tive tempo, pois assim que me preparava para mais uma travesseirada, Manuela entrou no quarto.

  - Nossa, é assim, agora? Todo mundo entra quando bem quer? Olha que meu quarto é um lugar de respeito! – adverti aos dois.
  - Ai, amiga, deixa de ser boba! Você não tem idéia do quanto eu estou animada! – dava para ter uma idéia da animação da Manuela, pois ela quase pulava ali mesmo.
  - Por favor, me diga que você tomou café, hoje! - Lucas fez piada, me fazendo rir.
  - Óbvio que tomei, seus bestas!- respondeu minha doce bobinha Manuela, cruzando os braços.
  - Ok, povo! Eu não chamei vocês aqui para isso! Vamos à sorveteria, porque eu quero muito muito aproveitar o nosso dia antes de irmos ao aeroporto.

  Os dois, mais que depressa, correram em direção a porta e eu os acompanhei, rindo apenas da companha deles, na verdade. Ao passarmos pelo primeiro andar, avisei à minha mãe que estávamos saindo e que voltaríamos na hora do almoço. Ela não pareceu se incomodar realmente e me deixou ir, sem qualquer advertência ou lembrete.
 
   Durante o percurso até a sorveteria, eu estava ignorando um pouco meus dois amigos e prestando mais atenção ao caminho. Sei lá, sou muito apegada a tudo que está a minha volta, então, deixar o meu bairro, mesmo que durante um mês, não seria fácil. Nova York é linda, mas o lugar onde eu moro é o único que eu posso chamar de lar, então...

  - (Seu Nome), você não vai entrar, não? – Manuela me chamou já dentro da sorveteria.
  - Nossa, a gente já chegou? – Sim, eu estava mesmo distraída.
  - Não, (Seu Nome), ainda estamos na sua casa! Vamos logo! – Lucas me puxou, bruscamente.
  - Ai, ogro!
 
   Os meus dois patetas riram da minha reação. E, em seguida, fomos os três, pegar os sorvetes. O motivo para eu adorar essa sorveteria é justamente por podermos montar a combinação de sabores que quisermos. Eu escolhi uma bola de manga e outra de coco, Manuela escolheu as três de chocolate e ainda colocou cauda (DE CHOCOLATE!) por cima. Sim, ela é anormal! Enquanto o Lucas, ogro, escolheu cinco, repito CINCO bolas de sorvetes diferentes, cujos sabores eu nem soube identificar. E, incrivelmente, ele ainda conseguiu acabar antes de mim e da Manu.

  - Nossa, acho que vou pegar mais um e... – disse o saco sem fundo... Quero dizer, Lucas.
  - Nada disso, besta!- o interrompi – Lembre-se que ainda vamos almoçar lá em casa.

  Depois dessa, ele finalmente se aquietou... Até nós duas acabarmos de comer. Assim que saímos da sorveteria e nos pomos em direção a minha casa, Lucas não calou a boca por um segundo. E sobre o que ele falava? Comida da minha mãe! Sério, se esse garoto é magro, com certeza, é porque Deus gosta muito dele.
                                                                          *****

  Ao chegarmos a minha casa, a “tia” Cláudia já tinha chegado, trazendo as malas da Manu. Minha mãe já estava arrumando a mesa para almoçarmos e pediu para que eu a ajudasse. Em geral, eu sempre reclamava só por hábito, mas eu estava explodindo de felicidade, então não faria tanta diferença parecer útil para alguém.
 
  O almoço foi um pouco estranho e ao mesmo tempo divertido. Enquanto a minha mãe e a da Manu falavam sobre a viagem e choramingavam que iríamos passar o Natal e o Ano Novo com desconhecidos, Lucas interrompia o drama materno, para tornar o ambiente mais leve com suas – sempre presentes - piadinhas. Apesar de tudo, eu ficaria ali conversando um pouco mais com eles, se não fosse minha melhor amiga para me lembrar que eu não tinha feito as malas ainda. Me desesperei. Eu já tinha até esquecido sobre isso. Que porcaria!

  Pedimos licenças à nossas presentes responsáveis e arrastamos  Lucas para o meu quarto para nos ajudar também. Foi uma das coisas mais horrríveis do dia. Eu praticamente coloquei o meu guarda-roupa à baixo. Queria e precisava levar tudo, mas só me era permitido duas malas comuns, outra de mão e outra bolsa qualquer. Como eu poderia sobreviver apenas com aquilo? Não que eu fosse tão superficial, mas o espaço parecia faltar até para as peças essenciais.

   Depois de muito discutir com a tonta da Manuela, bater muito no palhaço do Lucas e fazer um drama básico do tipo “não tenho roupa decente”, eu finalmente acabei arrumando tudo. Roupas necessárias, sapatos, maquiagem, acessórios, cremes, documentos, meus bebês (leia-se: notebook, minha câmera maravilhosa a e meu ipod), entre outras coisas, estava tudo no devido lugar.
 
  Só tinha um detalhe... Já eram 18h, o nosso vôo saia às 22h30; nem eu, nem Manuela estávamos prontas e meu quarto parecia um campo de guerra... Senti uma nova crise de pânico recomeçar. Corri para arrumar tudo, enquanto Manuela ia tomar banho. Tudo bem que eu não lembrava onde estava a toalha que ela tinha deixado na minha casa e demorei mais uns 20 minutos procurando até finalmente chamar a minha salvadora (leia-se: mãe) que a achou em menos de 1 minuto. Mas, isso também foi um pequeno detalhe imprevisto.

   Eu acabei não arrumando nada, apenas embolei e joguei no armário. Era muita coisa e além disso, eu nem iria precisar de nada daquilo durante um mês, mesmo. Manuela saiu do banheiro, logo. Então, era minha vez. Eu peguei a roupa que tinha separado e corri para me arrumar. No final, eu fui até que rápida, considerando o tempo que levo para ficar pronta para sair, normalmente.
 
  Manuela ainda estava terminando de se maquiar,quando sai do banheiro, ajeitando o cabelo. Não vi motivo para fazer o mesmo, já que iríamos voar a noite e eu estava tão cansada que iria acabar dormindo a viagem inteira. Felizmente, ela acabou logo e nós duas descemos. Na sala, minha mãe, Cláudia e Lucas já estavam meio impacientes. Então, mais que depressa pegamos nossas malas e juntos seguimos para o aeroporto.

  Após um longo e monótono caminho, chegamos. Minha mãe a da Manu foram resolver coisas “técnicas” como check-in ou sei lá o quê. Nós apenas ficamos do lado delas, mas ignoramos completamente tudo o que acontecia a nossa volta, enquanto conversávamos , em meio a lágrimas inevitáveis, com o Lucas. Eu, com certeza, não era tão histérica quanto Manuela, mas a mistura de futura saudade com o frio da barriga em ter que viajar me deixavam um pouco sensível também.

  A despedida tinha sido um pouco dramática e, admito, que contribui para isso. Houve ainda mais lágrimas, “eu te amo” e uma surpresa: meu pai apareceu no aeroporto para se despedir. Um lindo! Quase senti vontade de desistir, mas a essa altura, não faria isso mesmo. Já estava na hora de entrarmos no avião, eu já estava com a tal pulseira roxa na mão, NY já me esperava.

   E, foi com essa sensação de indecisão, que eu, junto a Manuela, dei um último aceno, antes de seguir o meu caminho até o avião.

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Então, aí está o capítulo 7! Ui, estão prontas para NY?
Ah, tipo, eu sei que esse não foi um dos melhores capítulos que já fiz, mas é porque eu tentei colocar um dia inteiro em um só, para não ficar enrolando... (Porque eu sei que vocês estão doidas para ver o Justin entrar logo na #IB, né? kosaksoaksoaksoaksakos)
Bom, eu espero que vocês gostem do capítulo... Senão gostarem, por favor, me digam o que está errado,ok? Pode até dizer que eu sou doida, maluca, mas digam alguma coisa,tá?!hsuahsuahsuasha Eu fico nervosa quando não sei a opinião de vocês  :)
Enfim, espero que gostem *-*

(Imagem do post é da When Youlovedme )

27 janeiro 2012

You Make Me Love You - Capítulo 6

Posso ir?

 
Belieber’s POV
  O almoço correu bastante tranquilo, enquanto ouvíamos Cláudia comentar sobre a euforia da filha desde que recebera o tal pacote no dia anterior. Eu até gastaria um pouco de tempo em me divertir internamente com os surtos que Manuela dava após sua mãe dizer cada coisa que eu apostava ser mais verdadeira do que a outra, mas, apesar disso eu estava ocupada demais, apreciando o prato do dia, que por sinal era o meu favorito.

   Por educação, pensei em me oferecer para ajudar a lavar a louça, mas eu não tive a oportunidade de fazê-lo, já que minha melhor amiga me enxotou o mais rápido possível de sua casa, alegando que eu tinha logo que pedir autorização para minha mãe sobre a viagem e, depois, claro, ligar para ela, avisando. Bom, a doida também disse algo como “leve a praga do Lucas com você, porque eu não estou a fim de ter que aguentá-lo a tarde inteira”. Apenas mais uma de suas frases do seu futuro livro “Manuela Magalhães e sua meiguice absoluta”.

   Felizmente, o prédio de Lucas ficava depois da minha casa, o que significava que eu teria companhia até lá. Assim, durante o percurso, fui distraída por suas piadas sobre o Justin, o concurso e a felicidade quase infantil de Manuela. Eu não consegui parar com a compulsão de risos até sentir a barriga doer. Poderiam se passar anos e anos, mas o loiro sempre conseguiria arrancar vestígios de diversão de mim. Era sorte eu tê-lo como amigo!

   Pela primeira vez em silêncio, me lamentei por aquele estúpido prêmio só dar direito a um acompanhante. Nova York poderia ser legal, mas ficaria infinitamente melhor se Lucas pudesse ir também. Se bem que, entre ir para Búzios e ficar dando em cima de todas as garotas de lá – era esse o plano do meu amigo para as férias – ou ter que ficar na companhia de um astro adolescente clichê, era óbvio que ele nem pensaria nessa proposta.

   Mais cedo do que eu esperava, paramos no portão da minha casa. Lucas me deu um demorado beijo na bochecha e pediu que eu ligasse mais tarde, caso minha mãe não tivesse realmente me matado. Sem graça, assenti e fiquei observando-o sumir, enquanto seguia reto pela calçada, em direção à sua casa, na outra rua.

   Sozinha finalmente, percebi a roubada na qual eu havia me metido. Eu simplesmente estava chegando em casa, sabe-se lá a que horas e, não tivera nem a cara de pau de fazer pelo menos uma ligação para casa, avisando à minha doce e neurótica mãe, o que estava se passando. Em outras palavras, não me restava muito tempo de vida. Sem opções, marchei até a entrada, consciente de que minha sentença me aguardava.

   Logo que abri a porta e dei alguns passos pela sala de estar, a gritaria já havia começado. A lógica da minha mãe era simples, porém não funcional e se baseava no principio de “por que dar uma bronca só em mim, quando ela pode gritar e compartilhar esse momento maravilhoso de nossas vidas com todos os vizinhos?”.

  
(Seu nome)! – berrou ela – Isso são horas de chegar? Que eu saiba a senhorita sai do colégio ao meio-dia e, caso, não tenha reparado, já são duas horas da tarde. Posso saber onde a senhorita estava?
   
Pode! – falei, arrumando o sorrisinho mais sarcástico que conseguia – A Manuela desmaiou no colégio, nós fomos liberadas mais cedo, comemos algo na lanchonete que fica na esquina do colégio e depois eu fui para a casa da Manu, porque ela queria me mostrar uma coisa. Só! E aqui estou eu. Completamente viva! Ninguém me sequestrou, matou ou estuprou e você me ama demais para me deixar de castigo por uma bobeira dessas, não é?!
  
Castigo para quê? Para ter que ficar ouvindo você se lamentando durante as suas férias, sobre o quanto você é uma boa garota e como eu sou uma mãe carrasca? Não, dispenso! – ela riu, embora nós duas soubéssemos que seria exatamente o que eu faria – Então, quer almoçar?
  
Não, obrigada! Eu acabei almoçando na casa da Manu...

   Ao ouvir isso, minha mãe tentou disfarçar uma careta de reprovação, antes de dar de ombro e retornar ao sofá, onde estava assistindo a algum desses programas que falam de novela. Fingi não saber do ciúme que minha mãe tinha de tudo aquilo. Sim, minha responsável era louca o suficiente para não gostar que eu comesse em casas alheias, já que corria o risco de eu achar uma cozinheira melhor do que ela.

   Foi só após um minuto, no qual eu permaneci parada apenas observando aquela cotidiana cena na sala da minha casa, que eu me lembrei do motivo pelo qual eu me atrasada. Assim, receosa, eu segui para o sofá, me sentando perto da minha mãe e largando minha mochila na poltrona ao lado.

  
Mãe – suspirei, distraindo sua atenção da televisão –, bom, eu tenho uma proposta para te fazer...
  
E lá vamos nós de novo... – murmurou ela, parecendo pouco satisfeita – Da última vez que você veio com essa proposta, eu gastei uma fortuna em uma câmera desnecessária, que hoje está abandonada em um canto qualquer do seu quarto.
  
É, mas eu cumpri minha parte do trato! – assinalei, coberta de razão.
  
Tudo bem, então. O que a sua mentezinha de adolescente desvairada está tramando agora? E, o mais importante, quanto isso vai me custar?

   Suspirei. Essa era a parte difícil. Como eu iria dizer que não iria custar absolutamente nada, sem que ela ficasse desconfiada? Ou como eu poderia pedir para ir para outro país, sem um responsável, sem fazer com que ela surtasse e novamente resolvesse espalhar nossa vida para os vizinhos – e possivelmente, também para os habitantes da Austrália?

   Tomei um pouco de fôlego, sorri da forma mais calma e meiga da qual era capaz e depois disparei a falar. De inicio, não dei tempo para que ela se intrometesse, enquanto explicava cada pequeno detalhes de tudo aquilo que Manuela havia me dito. Falei sobre a viagem, o príncipe da vida de Manuela, as despesas completamente pagas, o tempo que isso duraria, entre outras coisas. E, para dizer a verdade, parecia que estava dando tudo certo, até o momento em que eu falei da pequena condição de que seria apenas eu e Manuela, em um país estranho, longe da supervisão rigorosa da minha mãe.

   
Filha, você caiu com muita força hoje de manhã? – a expressão dela começou amável, depois mudou para uma levemente irônica, com direito a sobrancelhas arqueadas.

   Em uma tradução literal isso significaria: “Pode ir sonhando, (Seu nome), porque isso só vai acontecer no dia de São Nunca, um pouco antes do relógio soar ‘jamais e meia’!”.

  
Você realmente acha que vocês duas são responsáveis o bastante para fazer uma viagem dessas? Para ficarem sozinhas durante um mês inteiro em um lugar que nem a língua você sabe falar direito? Acha que eu enlouqueci, (Seu nome)?
  
Mãe, para de drama! – bufei, sem me comover com o pequeno show dela – Primeiro, nós não vamos estar completamente sozinhas. O Justin vai estar lá com a gente, durante todo esse tempo! E, segundo, “língua que você não sabe falar direito” nada, porque eu não ia para o curso ficar vagabundeando, não. Sem querer ser esnobe, meu inglês é maravilhoso!
  
Nossa, estou completamente mais tranquila agora! – ironizou, levantando-se do sofá e exagerando na expressão corporal – Por que eu deveria me preocupar em deixar minha filha ir sozinha para Nova York, se ela fez um cursinho qualquer e sabe falar meia dúzia de palavras? Ou melhor, se ela vai estar na companhia do tal de Biber, que mal largou as fraudas? Preocupação para quê?

   Agora, realmente, minha mãe estava começando a me irritar. Como ela poderia vir com esse papo de “cursinho qualquer e saber falar meia dúzia de palavras”, se na época que eu ainda o fazia, era obrigada a ir todos os dias, apesar de todas as reclamações dela sobre custar uma fortuna, seguido do entendimento de que inglês é uma língua universal e se eu quisesse ser alguém na vida, um dia, teria que saber usá-lo corretamente.

  
É Bieber, mãe! – corrigi, me sentindo praticamente a Manuela – E, só para você saber, ele tem 18 anos, acho, então sabe existe a possibilidade de que ele já tenha largado as fraudas há um certo tempo! Por falar nisso, é absolutamente óbvio que nós não estaremos só com ele. A equipe toda dele deve acompanhar isso, talvez a Pa... Pat... Ah, eu não sei como a mãe dele se chama, mas talvez ela esteja lá também!
  
   Para ser bem sincera comigo mesma, eu estava blefando, já que não tinha a menor certeza de que isso realmente aconteceria, mas eu precisava fazê-la crer que era uma viagem completamente segura. Além disso, era bem provável que eles realmente estivessem lá, devido ao fato de que Justin não permaneceria seguro com Manuela, sem um time de segurança entre os dois.

  
Olha, (Seu nome), admito que todo esse pessoal deve ser bem responsável, mas... Nós não conhecemos essas pessoas. Tudo o que sabemos de tudo isso é o que nos é transmitido pela televisão e internet, mas isso não é o bastante. Eu me preocupo com você, filha, e eu realmente não acho que te deixar ir seja uma boa ideia...
  
Mãe, você não sabe como isso é injusto! – falei, firme, tentando não gritar de frustração – Eu me comporto muito bem, minhas notas são excelentes e você sabe que eu tenho mais cabeça que muitas garotas da minha idade. Sem querer parecer presunçosa, eu aposto que muitas mães gostariam de ter uma filha igual a mim. Além disso, você sabe bem que você e meu pai nunca poderiam me dar uma viagem dessas, assim tão fácil, não sem passar por um longo período de economias e, de verdade, eu não me incomodo com isso. Mas, agora que eu tenho essa chance única de ir, sem gastar um mísero centavo, a senhora quer tirar isso de mim?

   Então, eu chorei e muito (pois é, não existe situação mais humilhante). Eu lutei um pouco para segurar no começo, mas depois não me importei e deixei que as gotas transbordassem dos meus olhos. Eu sabia que não estava completamente triste com isso. Aliás, fiquei até confusa se eu estava chorando mais para combinar com o drama do momento – sem nem ter a intenção de fazê-lo – ou pela frustração infinita de ver todos os meus sonhos norte americanos, que eu formara na última hora, se dissolverem diante de mim.

   Fiquei ali, chorando por indeterminados minutos, me sentindo praticamente a Manuela dramática e histérica com a qual eu já havia me acostumado (talvez, eu até devesse considerar a ideia de parar de andar tanto com essa maluca). Só finalmente consegui controlar um pouco o choro, quando minha mãe sentou ao meu lado e me abraçou, como quando ela fazia há muito tempo atrás quando todos os meus ataques de lágrimas eram causados por machucados no joelho.

  
(Seu nome), vamos fazer o seguinte: iremos esperar o seu pai chegar do trabalho e então conversamos direito sobre esse assunto... – propôs ela – Mas, se isso ajuda, o meu sim você já tem. Ou, pelo menos, terá se prometer me ligar todos os dias, todos os segundos, quando chegar lá, quando começar a respirar lá. Se você realmente for, eu preciso que você me mantenha informada e até peça para alguém de lá mesmo me ligar, ok? Eu não tenho mais idade para ficar morrendo de preocupação, enquanto você se diverte por aí, sem mim...
  
Você está falando sério? – falei, limpando os últimos vestígios de choro no meu rosto.
  
Claro que estou... – concordou, parecendo ligeiramente contrariada – Mas apenas se seu pai deixar também!
  
Mãe! – berrei, sentindo uma explosão de felicidade tão grande, que cheguei a duvidar se estava em meu estado normal – Eu te amo! Eu te amo para sempre! Sério, eu não estou acreditando! Você é a melhor mãe do mundo! E eu passarei a ser a melhor filha do mundo também! Sabe aquela bagunça que você sempre reclama no meu quarto? Irá sumir! Vou parar de gastar dinheiro com doces todo dia e até beijar os seus pés se você quiser...

   Minha mãe riu da minha reação um tanto incomum pelo menos para mim, possivelmente achando bobo tanta euforia só por uma coisa que eu nem sabia se ainda iria realmente acontecer. Mas acho que depois de uns quinze minutos de animação sem pausas para respirar, ela começou a cansar da minha voz e aumentou o volume da televisão. Parei de falar logo em seguida, afinal, não queria fazer nada que a pudesse deixar irritada comigo. Não agora.

   Calada – assim como minha mãe gostaria –, eu tentei me concentrar no que passara na televisão. O programa anterior já havia acabado, dando espaço para um filme bobinho de comédia romântica. Em um dia como outro qualquer, eu poderia até me divertir com aquilo, afinal, era um gênero tão leve, que não tinha como não gostar. Porém, no momento em que me encontrava, só conseguia contar os minutos até a hora em que meu pai deveria chegar.

   As horas foram se arrastando persistentes. Eu tinha ficado sozinha na sala, enquanto minha mãe preparava o jantar na cozinha. Fiquei passeando pelos canais, mas não havia nada que pudesse chamar minha atenção. Uma série de terror, desenhos antigos da época que a minha avó era virgem, documentários sobre animais e um reality show de mulheres fúteis. A única coisa que me chamou atenção em meio àquele bando de inutilidade foi um desses canais de clipes. Estava passando uma série com alguns do tal Justin Bieber. Deixei lá mesmo e fiquei assistindo, surpresa por eu saber cantar perfeitamente a letra de metade deles.

   Já eram 19 horas, quando meu pai finalmente chegou. Mudei o canal rapidamente, buscando algum tipo de telejornal, que pudesse estar passando no momento. Sinceramente, eu não queria que meu pai pensasse que eu quisesse ir para essa viagem pelo interesse nesse garoto. Até porque se ele chegasse a suspeitar dessa ideia, minhas chances de ir chegariam a zero. Não importaria quantas vezes eu explicasse que Justin era uma celebridade e eu, uma simples mortal. A paranoia do meu amado pai ia além dos limites da lógica.

   Observei em silêncio, enquanto meu pai se livrava da gravata e se preparava para se jogar na poltrona, tirando minha mochila da mesma. Felizmente, antes que eu tivesse que tomar uma iniciativa sozinha, minha mãe saiu da cozinha, secando as mãos em uma pequena toalha. Ela caminhou até nós e se sentou ao meu lado, no sofá.

  
Boa noite, amor! – cumprimentou ela, com um sorriso completamente suspeito nos lábios.

   Era bom ver que, pelo menos, alguém estava ao meu lado dessa vez. Mas eu não fui a única a perceber o clima de cumplicidade entre nós. A sobrancelha do ajeitado homem a nossa frente se ergueu, sugestivamente. Assim, com um suspiro e certa dose de cautela, ele arriscou finalmente:

  
Vocês vão me contar o que aconteceu ou não?

   Ri de nervoso, me sentindo completamente tensa. Me endireitei no sofá, tomando uma almofada com as mãos, apenas para ganhar tempo. Eu olhava para todos os cantos, menos para o rosto de algum dos adultos ao meu lado. Era mais fácil eu explodir de vergonha e receio do que conseguir fazer algo sair da minha boca.

  
A (Seu nome) tem algo para falar com você... – anunciou minha mãe, quebrando o curto silêncio.
  
Eu tenho e é melhor você preparar a sua cota de compreensão... – suspirei.

   Ignorei seu olhar desconfiado e comecei a relatar exatamente tudo o que eu havia dito para minha mãe, mais cedo, porém ainda com mais calma. Como era de se esperar, houve a mesma reação de reprovação e surpresa diante do pequeno e banal detalhe de que eu iria viajar completamente sozinha com uma desequilibrada. Após escutar essa parte, meu pai fixou seus olhares em sua esposa e eu tive a leve impressão de que estava começando a ser ignorada.

  
Eu não sei, (Seu nome)! – se manifestou ele, por fim – Você e a Manuela, sozinhas, e com um garoto de, sei lá, vinte anos? Isso não me parece muito apropriado.

   Pois é. O maluco do meu pai não se preocupa nem um pouco com o fato de que eu provavelmente ficarei sozinha durante o mês inteiro e que eu não tenho um nível de aproveitamento muito bom quando se trata de cuidar de coisas – inclusive de mim mesma. Esse tipo de pensamentos normal nunca parecia pela cabeça dele. Ele apenas conseguiria imaginar que eu e um cantor canadense famoso em todo mundo (e que, com certeza, não tem vinte anos) iríamos ter um relacionamento amoroso e picante. Claro! Chances altas de que aconteça, hein, pai?

  
Pai, isso não significa nada! – suspirei, impaciente – Eu só quero ir porque eu nunca, em toda minha vida, saí do Brasil. Não que eu não goste daqui, mas é Nova York. Além disso, eu nem me importo com esse garoto. Ele estando lá ou não, não vai fazer a menor diferença para mim...
  
Sei... – falou, com uma pontinha de ironia – Mas, mesmo assim, as coisas não são assim. Você não pode viajar do dia para noite. Vocês, adolescentes, adoram atropelar as coisas, fazer tudo correndo e sem pensar!
  
Mas, pai... – miei, utilizando a expressão mais inocente que eu já fizera na vida.

   Ele respirou fundo e ficou me encarando durante um longo minuto, no qual me esforcei para que eu continuasse com um semblante tão meigo e inocente quanto antes, com a simples noção de que isso sempre o fazia se derreter. Esperei por mais um certo tempo, enquanto meu pai desviava o olhar do meu e o dirigia ao rosto sério de minha mãe. Aparentemente, eles estavam conversando em silêncio.

  
Bom... Eu acho que se a sua mãe já permitiu, talvez eu também devesse considerar... – falou, por fim – Acho que você já está grandinha o bastante para você poder fazer isso, não? E se você prometer que irá se comportar, não teremos grandes problemas!
  
Então, isso significa que eu posso ir? – gaguejei, nervosa.
  
Pode!

   Tive um pequeno surto quando ouvi aquela confirmação. Saltei do canto do cofá aonde permanecia sentada e abracei meu pai de forma tão forte e apertada, que até meus braços ficaram doendo. Mas, não importava. Eu estava feliz ao ponto de poder dar um mortal triplo, sem cerimônia. Eu vou para Nova York. Eu vou pisar em um solo de um país completamente diferente. Eu vou fazer aquelas estúpidas e entediantes aulas de inglês valerem a pena. Eu vou... Vou ter que aguentar minha melhor amiga ao lado do ídolo dela, sem poder ao menos matá-la.

   Coloquei o pessimismo de lado no momento que minha mãe propôs que fossemos todos jantar, enquanto discutíamos melhor o que iria ser feito. Segui, apressada, até a cozinha e me prestei a ajudá-la a pôr a mesa. Eu estava tão eufórica por dentro que não seria aquilo que iria me matar ou fazer minhas mãos caírem.

   Quando já estávamos todos à mesa, me servi apenas de salada, sem sentir muita fome para comer qualquer outra coisa, embora o resto da refeição não parecesse muito pesado. Mesmo assim, não deu tempo de recuar, aliás, comer apenas verduras e legumes me fazia ter a ilusão de que eu estava mantendo a dieta, que enrolara por tanto tempo até começar. Mas possivelmente era apenas ilusão, já que eu nunca levava isso muito adiante.

   Enquanto saboreava minha comida sem gosto, escutei as orientações e avisos que eram dados pelos meus pais preocupados. Felizmente, combinamos que, no dia seguinte, o último dia de aula, eu – como já havia passado de ano – não precisaria ir ao colégio. Eu passaria o dia em casa, arrumando tudo o que fosse necessário, na companhia da minha mãe, já que meu pai estaria trabalhando. E, ainda utilizando da minha voz arrastada e expressão meiga, eu os convenci a deixar que eu convidasse o Lucas e a Manu para virem para cá.

   Assim que a conversa pareceu terminar – já que o meu prato de nada já estava acabado há muito tempo –, pedi licença e me retirei da mesa. Sem querer dar motivos para qualquer reclamação antes da viagem, lavei meu prato, tentando não molhar a bancada inteira como sempre fazia.   

   Por fim, antes de finalmente subir para o meu quarto, dei um beijo de boa noite na minha mãe no pai e parei rapidamente na geladeira. Observei minhas opções com uma olhada só e acabei pegando dois bombons de cereja de uma caixa que era da minha mãe. Achei que tinha pensado algo sobre dietas há alguns minutos, mas não me prendi a isso. Era chocolate com uma cereja dentro e cerejas devem ser saudáveis também!

   Após enfiar as delicias em minha boca e desfrutar de um momento maravilhoso, me retirei da cozinha e me arrastei sem um pingo de ânimo até as escadas, parando antes para pegar a minha mochila, ainda jogada na sala. Enquanto subia degrau por degrau, ansiosa para chegar ao meu quarto, peguei o meu celular já (de tanto cair no chão) e comecei a digitar um sms.

   “E então, gatinha? Parece que estaremos mesmo partindo para Nova York amanhã. Pois é! Você estava certa... Deu tudo certo! Mas, e pronta, você está?”

   Entrei no meu quarto, batendo a porta com uma força desnecessária e jogando minha mochila em um canto qualquer. Acabada, tirei os sapatos com meu próprio pé e me joguei na cama, me sentindo cansada (de não fazer nada), mas ao mesmo tempo aliviada por ter me livrado de toda aquela tensão que eu mesma me impusera. Suspirei, rolando no colchão, antes de começar a digitar outra coisa no celular.

   “Amanhã, esqueçam o colégio, ok? Quem precisa daquela porcaria, afinal?
Ok, apenas brincando! Nós precisamos, mas não quando já estamos a um dia de nossas férias e com os nossos boletins repleto de notas azuis!
   Resumindo, quero os dois na minha casa bem cedo, com ideias para coisas que possamos fazer, antes de eu ser obrigada a entrar no avião. A propósito, minha mãe disse que vocês podem até convidar seus pais para almoçarem aqui, conosco.
   Planos feitos e não aceito ‘não’ como resposta...
   Boa noite, eu amo vocês!”


   Após enviar, abandonei meu celular sobre a cama e me dirigi à minha pequena escrivaninha, onde meu notebook se encontrava, intocado por hoje. Liguei-o no primeiro instante de tédio e esperei anos-luz até que a conexão lerda da internet carregasse. Por impulso, entrei no twitter, facebook e youtube, nessa ordem.

   Precisei de apenas um segundo, passeando pela minha timeline, para notar que Manuela estava online (viciada do jeito que é), até porque ela era a única que enchia aquilo de retweets de outros fc’s para o Justin. Deixei que meus olhos percorressem todas aquelas frases que envolviam o astro adolescente e notei que eu sabia bem menos do que deveria saber.

   Por um minuto, pensei em entrar em um desses fansites, mas achei que seria demais até para mim. Então, me limitei a procurar um site, onde eu pudesse baixar todas as músicas dele e não demorei muito a achar. Sem mais preocupações, deixei os downloads serem executados lentamente e sai da frente daquela tela, que já começava a irritar meus olhos – claro vestígio de que eu estava começando a ficar com sono.

   Caminhei até a bagunça que eu chamo de armário, peguei um pijama qualquer e me dirigi até o banheiro. Me esforcei para não demorar muito mais que o necessário no banho, mas a água agradável e quente fez com que eu prolongasse o momento e também me deixou com ainda mais sono, o que foi bom.

   Assim que retornei ao quarto, já trajando meu pijama, minha atenção foi retida tanto pelo meu computador, quanto pelo meu celular. Um me avisava que os downloads já haviam se concluído – o que deixou claro que eu demorei bem mais do que o necessário, já que minha internet tartaruga nunca deixaria que algo fosse baixado assim tão depressa – e o outro, que eu tinha duas mensagens novas. Peguei o último, ansiosa, quando notei que a primeira mensagem era de Lucas.

   “Ui, a gatinha quer matar aula! Que menina má você é, (Seu nome)!
   Todo bem, amor da minha vida, amanhã estarei te dando o prazer de desfrutar de minha companhia. Quanto aos meus pais, não vão poder fazer o mesmo. Meu pai vai trabalhar e, minha mãe ficou de ir visitar a minha tia, que mora, sei lá, do outro lado da cidade, então... Eu sinto muito!
   Porém, eu estarei aí, então o mais importante você terá!
   Te amo, pequena! Sonha comigo!”


   Ri após notar o nível de humildade do meu amigo (que aparentemente não existia) e fiquei lendo aqui mais algumas vezes só por diversão mesmo. Era algo que eu fazia sempre, ficar meio idiota após começar a conversar com alguém por mensagens. Porém, depois de um minuto, decide verificar a segunda, que era a da Manu.

   “Oh, my Bieber! Que ótimo! Eu não te falei que sua mãe iria deixar? Principalmente, indo comigo. Conhece pessoa mais responsável que eu? (Não responda!)
   Enfim, confirmadíssimo. Meu pai vai trabalhar, porque o horário dele mudou essa semana, mas minha mãe agradeceu o convite. Ela falou algo sobre ser bom, porque assim ela e a sua mãe poderão conversar sobre a viagem. Em outras palavras, prepare-se, porque ela vai falar até seus ouvidos ficarem cansados. Você não sabe o quanto eu já escutei desde que esse envelope abençoado chegou!
   Mas, tudo bem, porque nada pode tirar a felicidade de mim agora!
   Então, eu te vejo amanhã! Boa noite e reze para que eu sobreviva até o dia seguinte...”

   Revirei os olhos para a observação dela, antes de me lembrar de que incrível mesmo era que ela ainda estivesse viva depois de todo esse tempo. Com um inevitável sorriso de satisfação no canto dos lábios, busquei o cabo USB do meu celular e, ao achá-lo, me arrastei até a escrivaninha novamente, pronta para passar as músicas baixadas para  a velharia que eu usar para telefonar par as pessoaso. Em seguida, desliguei o computador e as luzes do quarto.

   Me deitei, cansada, ligando apenas o abajur ao meu lado. Eu pretendia ficar um pouco mais de tempo acordada, embora estivesse com sono. Coloquei as músicas que eu tinha acabado de baixar para tocar em um volume bem baixo e depois deixei o celular embaixo do travesseiro. Enquanto começava a primeira música do primeiro álbum, deixei que meus pensamentos me levassem até Nova York e tudo o que deveria estar me esperando lá. Eu estava começando a pensar na situação perfeita que seria a nossa chegada, quando as imagens em minha cabeça começaram a se embaralhar. Acabei dormindo antes do que planejara ao som de uma música que eu não reconhecia. 


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Awn, capítulo 6, lindas!
 Ok, então como esse ficou "grandinho", vai ser só esse por hoje,tá?! E, por favor, não me torturem, pedindo meigamente por mais.
Ah, só avisar duas coisinhas...
1° - Não, vocês não tem e nunca tiveram nenhum envolvimento amoroso com o Lucas, mas se quiserem ter (ui, safadinhas... skaoskaskaksaop), e só me falar, ok?!
2° - Gente, se vocês estão acompanhando a ib, por favor, comentem! Pode ser até lá no twitter mesmo, mas eu preciso saber se vocês estão acompanhando, gostando e tudo mais  :)

Bom, é isso! Eu espero que gostem :)

(Imagem que ilutra o post é
dela :)