31 julho 2012

2. You Make Me Love You - Capítulo 25

Sozinhos...



Justin's POV

   Finalmente, as coisas pareciam estar funcionando como deviam. E eu gostava disso de uma maneira quase indescritível. Parecia que os últimos seis meses não tinham passado, como se a (Seu Nome) nunca estivesse ficado distante de mim.

   A única coisa nem tão boa nisso tudo é que nem sempre é possível ter privacidade em uma casa cheia de adolescentes. Não que eu não goste disso, mas eles pareciam estar em toda parte. A prova disso é que só consegui ficar realmente sozinho com a minha princesa, quando já estava anoitecendo e, apenas porque eu a arrastei para o quarto de hóspedes, que estava vazio, no momento.

  - Então, por que estamos aqui? – sussurrou (Seu Nome), rindo.
  - Porque aqui ficamos sozinhos... – respondi, sorrindo.
  - Hum... Já está ficando safadinho,é?
  - Nada disso! – ri. – É só que, agora, você é minha namorada de novo e, tirando de manhã, nós não ficamos nem um segundo sozinhos. E, pelo que lembro, nós temos seis meses para compensar, ok?

   Caminhei até a minha cama e, sentei, puxando (Seu Nome), para que ela sentasse no meu colo. Acariciei seu cabelo, levemente, enquanto admirava seu sorriso, antes de finalmente beijá-la.

    Pense na melhor coisa do mundo. Multiplique por mil, some um milhão e depois multiplique novamente por infinito ao quadrado. Pois é, ainda assim, isso não chegará nem perto do beijo da (Seu Nome). É algo único, inexplicável! Sempre que começamos, eu não sinto vontade de parar , mas quando o ar começa a falta é hora de fazer uma pausa.

    - Então... – ela falou, respirando fundo para tomar fôlego. – Tem algum motivo especial para isso ou você só acordou com uma extrema vontade de mim?
    - Hum, segunda opção! – ri, limpando minha boca cheia de batom. – Mas não fique se achando por isso, por favor!
    - Não vou, ok? Fique tranquilo! Eu só não acho que aquele beijo foi suficiente para matar sua vontade!

   E, então ela sorriu de forma safada para mim, antes de me beijar com bem mais vontade e agressividade do que antes. Eu gostava disso. Era quente e urgente, com uma pitada de safadeza, o que nunca era ruim.

    As mãos dela se fecharam, puxando minha blusa, enquanto eu colava mais nossos corpos. (Seu Nome) estava usando um short jeans curto, o que me fazia duvidar do meu autocontrole. Mas pareceu uma péssima ideia, assim que me lembrei do corte em sua coxa, o que me fez refletir sobre a reação dela, caso eu exagerasse, então, me controlei.

  Mas aparentemente,  (Seu Nome) não estava preocupada com essas coisas. Ela puxava levemente minha blusa, passando a mão por meu abdômen. Precisei rir disso, embora não tenha parado o beijo. E as coisas só pareciam que iam melhorar, quando...

   - OPA! Pornografia de graça...

  O que aconteceu, em seguida, foi meio rápido demais. Em um minuto, eu estava beijando a minha namorada e no outro, eu estava caído no chão, em cima dela. Pois é, a (Seu Nome) se assustou com a voz do Lucas ecoando pelo quarto, se atrapalhou e, obviamente, não quis cair sozinha, me puxando pela camisa.

   - Justin, o que você comeu hoje, hein? – perguntou (Seu Nome), tentando se levantar. - Está pesando mais do que um boi!
   -  Isso não teria acontecido, se você não tivesse me puxado! – falei, já de pé e, ajudando-a a fazer o mesmo.
   - A culpa não foi minha! Achei que tivesse escutado a voz do...

    Antes que ela terminasse de falar, apontei discretamente para a porta, onde estava seu melhor amigo, parado, com uma expressão quase de repulsa.

    - Ah, Lucas! – (Seu Nome) pareceu um pouco assustada. – Você já está aqui há muito tempo?
    - Não muito! – o loiro entrou na conversa. – Apenas o suficiente para ver você se agarrando com ele. Que nojo!
    - Engraçado... Não é nojento quando é você que está se agarrando com aquelas piriguetes, por aí, né? – provocou.
    - Claro! – retrucou Lucas, como se fosse muito óbvio. – Porque eu não sou minha melhor amiga...
    - Ok, é um bom argumento, embora estranho... – concordou ela. – Mas, então, você veio aqui para quê, mesmo?
    - Não se preocupe! Eu vou apenas tomar banho, ou seja, estarei no banheiro o tempo todo e vocês podem continuar com a amostra grátis de pornografia...
    - Na verdade, eu já estou indo embora! – falou (Seu Nome), me deixando um pouco indignado. – Boa noite, garotos!

   E, então, ela caminhou até a porta, enquanto Lucas seguia até o banheiro. Preciso mesmo dizer o quanto aquilo me deixou indignado. Ela não podia sair assim, só porque o besta do Lucas chegou, inesperadamente. Eu estava curtindo, oras.

   - Ei!- (Seu Nome) me surpreendeu, aparecendo na porta novamente. – Vai dormir comigo hoje?
   - Se é isso que você quer, claro que sim!

   Assim, ela saiu de novo, sorrindo do jeito mais lindo do mundo e me deixando igual a um idiota lá sozinho. E, para falar a verdade, ser um bobo apaixonado é muito melhor do que dizem por aí...
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Capítulo 25, amore :)
   Também ficou fraquinho, né? Mas vai melhorar nos próximos, ok? Prometo!

Enfim, espero que gostem!

(A imagem do post é da Ninaaaaa)

30 julho 2012

You Make Me Love You - Capítulo 24


Boas Novas...



Belieber’s POV


    Imagina acordar e dar de cada com um lindo anjo?

    Pois foi exatamente assim que aquela manhã começou. No início, eu não estava com a mínima vontade de acordar e perceber que tudo o que acontecera na noite passada fora apenas um sonho. Mas essa sensação passou, quando tomei coragem de abrir os olhos e vi uma das coisas mais lindas do mundo.

    Assim que notei Justin dormindo ao meu lado, me lembrei do porquê insisti tanto para que ele ficasse ali comigo, na noite passada. Era simplesmente ótimo acordar ao lado dele e poder vê-lo dormir. O jeito como ele parecia tão relaxado, combinado com sua respiração pausada era incomparável.

   Fiquei admirando aquilo, antes de finalmente me levantar, tomando cuidado para não acordá-lo. Em seguida, andei até minha mala, procurando algo para vestir, quando me dei conta de que meu pijama estava com o cheiro do perfume do Justin e, como se eu já não me achasse idiota o suficiente, me peguei sorrindo por causa disso.

    Tentei ignorar esse meu jeito bobo, enquanto me concentrava em me arrumar, indo tomar banho. Demorei um pouco demais no banheiro, já que gastara grande parte do tempo, cantando embaixo do chuveiro. É, eu tinha essa mania estranha de fazer isso, quando estava demasiadamente feliz!

    Assim que saí do banheiro – muito mais apresentável do que quando entrei –, Justin já havia acordado e, estava sentado na cama, aparentemente, muito entretido com... NADA! Mas ele parecia bastante concentrado. Perdido em pensamentos, talvez.

   - Bom dia, dorminhoco! – sorri.
   - Bom dia...

   Eu já estava me aproximando dele, para me sentar na cama, quando Justin pegou minha aliança em cima da mesa de cabeceira e me deu. É, eu não costumava dormir ou tomar banho com ela, por uma questão de segurança. Eu tinha total consciência de que aquela era uma peça de qualidade, mas, mesmo assim, a ideia de acabar estragando-a de algum jeito, me apavorava.

    - O que foi, agora? – ri. – Está pensando que eu vou fugir de você, é?
    - Não, boba! – falou, me puxando para perto. – Eu só gosto muito de ver você com ela!
    - Eu sei... Eu também gosto!

    Acariciei suavemente seu cabelo e, em seguida, selei meus lábios nos dele. Foi rápido, mas esse simples gesto me fez lembrar como um mísero segundo com o Justin podia fazer os últimos dias e meses parecerem insignificantes. Como se toda a dor torturante nunca tivesse existido...

     - Bem... – comecei, tentando não parecer tão idiota, como eu estava me sentindo por dentro. – Eu... Vou descer, você vem?
     - Não desse jeito, não é? Eu vou tomar banho, você pode ir indo na frente, se quiser...
  
     Assenti, antes de me levantar e ir em direção à porta. Eu poderia até ser legal e esperá-lo, mas eu não havia jantado noite passada e corria um sério risco de desmaiar de fome, então achei melhor não arriscar! 

    - Ei! – chamei a atenção de Justin, antes de fechar a porta. – Eu já disse que você parece sexy de pijama?
    - Não... – ele riu, como se não acreditasse no que estava ouvindo. – Mas, obrigado, eu acho! Pode ter certeza que você também...

    E, então, eu saí, deixando-o sozinho lá dentro.

    Não sei exatamente porquê, mas eu sempre ficava mais boba e solta, quando estava com Justin. Algo na maneira como ele olha para mim, me deixa confiante para fazer e dizer o que eu quiser, a qualquer hora. E, isso, definitivamente, é raro!

   Quando percebi que estava chegando à cozinha, resolvi tentar parar de pensar no meu incrível namorado, ao menos por um tempo. Eu não estava muito a fim de ter que explicar para todos porque eu estava com aquele sorriso idiota no rosto, então, me concentrei em aparentar normalidade.

   - Bom dia, meninos! – cumprimentei, entrando no cômodo.

   Lucas e Ryan estavam sentados à mesa, quietos, o que estranhei, de imediato. O silêncio não era algo comum no café da manhã daquela casa e, além disso, a expressão nervosa de Ryan fazia tudo parecer mais estranho ainda.

    Me juntei a eles, sentando-me a mesa e pegando a jarra de suco, junto a um pãozinho. Tentei não me preocupar com aquele silêncio, mas sempre fora inquieta, então, quando percebi já estava quase assassinando um pão, de tanta frustração. Até que ouvi uma música, ao fundo, me distraindo. Era o meu celular, me avisando de forma irritante, que eu havia recebido uma nova mensagem...

   “E, então, já acordou? Se sim, vem para o meu quarto agora mesmo! :)
     Se não... ACORDA, PREGUIÇOSA! LEVANTA ESSA BUNDA DA CAMA AGORA MESMO E VENHA AQUI! PRECISAMOS C-O-N-V-E-R-S-A-R!
     PS: Venha logo, antes que eu morra, de preferência. Grata!”

    Ok, era Manuela parecendo histérica até por SMS. Em geral, eu não fico animada com esses ataques da Manu, mas ela havia soletrando “conversar”, o que significava que era algo realmente muito inacreditável. Ou seja, saí da mesa o mais rápido possível, sem dar explicações, seguindo direto para o quarto onde ela estava.

   Quando cheguei ao segundo andar, notei que a porta do cômodo estava entreaberta, então não me preocupei em bater ou algo do tipo, apenas entrei, com pressa para saber do que se tratava.

   - Nossa, você chegou rápido! – exclamou Manu, sentada na cama.
   - Claro! Na mensagem, você fez parecer que era um assunto super urgente... – expliquei.
  
   Manuela estremeceu com minhas palavras, enquanto abria um sorriso enorme e eu entendi que algo realmente muito bom acontecera. Isso ficava óbvio, no modo como ela quase quicava na cama, quase como se pudesse explodir de felicidade a qualquer momento.

   - Então, sobre o que você queria conversar tão desesperadamente? – perguntei, enquanto começava a me contagiar pela animação dela.
   - Ok... (Seu Nome), olhe bem para mim! Está vendo algo diferente?
   - Não... – respondi, de imediato, porque parecia óbvio que ela era a mesma Manuela, exatamente igual.
   - Ah, não vale! – suspirou ela, com um ar de decepção. – Você nem olhou para mim.
   - Ok, talvez eu não tenha essa sensibilidade toda que você esperava! Mas eu não gosto de suspense... Me diz logo o que é!

  Manu não falou nada, apenas sorriu, antes de tocar no cordão em seu pescoço. Eu mal havia reparado nele antes, mas ao olhar de perto, vi o lindo pingente dourado de coração. E, o mais lindo de tudo, é que neste estava gravado, bem no centro, “Ryan”.

  - Ai, meu Deus! Ele te deu isso? Que lindo... – falei, admirada.
  - É, mas ainda fica melhor...
  - Como pode ficar “melhor”? – fiquei confusa por um momento, até minha ficha finalmente cair. – Ah, meu Deus, não me diga que...
  - SIM! NÓS ESTAMOS, OFICIALMENTE, NAMORANDO!

   E, então, a louca começou a pular freneticamente. Fiquei com vontade de rir, mas daquela vez, eu entendia bem como ela estava se sentindo, então me limitei a abraçá-la, o mais forte que pude e curtir a animação junto com ela.

   - Ah, Manu... Eu estou tão feliz por você!
   - Obrigada... – Manuela se afastou de mim, suavemente. – Eu também estou feliz por você!
   - Por mim? Mas... O que eu fiz? – tentei desconversar.
   - Ah, (Seu Nome), não venha tentar me enrolar agora, não... Eu sei o que eu vi ontem! Admita, vocês voltaram, não foi?

   Fitei o chão, quando percebi que já estava começando a ficar sem-graça. Eu detestava esses sintomas como rosto ardendo, sorriso retardado e pernas tremendo, sempre que eu falava do Justin, mas era inevitável. Então, na tentativa de manter minha dignidade, não falei nada, apenas estiquei a mão, onde estava a aliança, para que ela pudesse ver.

    E, quase me arrependi, segundos depois. Manuela começou a gritar de forma histérica e eu me senti em dezembro, novamente. Juro que quando ela me abraçou, ainda gritando, achei que seria o fim para os meus tímpanos.

    - Ah, isso é tão bom, (Seu Nome)! Sério, do jeito que vocês dois são teimosos, achei que vocês não fossem voltar mais...
   - É, você não era a única a pensar assim!
   - Fico feliz em saber que as coisas estão realmente melhorando para nós duas!
   - Finalmente...
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Capítulo 24 postado, minhas divas!
   Eu sei que esse ficou bem fraquinho, mas vou compensar futuramente.
 
   Enfim, queria falar umas coisinhas para vocês, hoje... Bom, eu sei que a maioria de vocês deve estar as aulas essa semana, então, eu vou tentar postar os capítulos mais cedo (mas ainda à noite.), até porque eu espero que logo esse greve no meu colégio acabe também e aí, com a voltar as aulas, eu tenho que passar a mimir mais cedo também haha :)
  Hum... Além disso, quero dedicar o capítulo de hoje para a Vitoria (@whosvi), porque para quem não sabe, hoje é aniversário dela! (Fique à vontade para mandar parabéns nos comentários, porque tenho certeza que ela verá rsrsrs :)

   Enfim, por hoje é só, meus amores! Esperam que tenham gostado do capítulo...

(PS: A imagem do post é da Cecília Bastos.) 

28 julho 2012

2. You Make Me Love You - Capítulo 23


Desculpas...



  
Belieber’s POV

      Eu estava deitada na cama, ao lado do Lucas, colocando gelo no seu olho, enquanto ele tagarelava sobre a incrível e perfeita Letícia. Na verdade, era tudo uma baboseira, mas eu prestei atenção, porque escutá-lo falar de garotas é bem melhor do que conversar sobre a noite passada ou sobre o Justin, que era sobre o que ele tentou puxar assunto antes.
      
     - Ok, Lucas, eu já entendi! – suspirei. – A única coisa que eu ainda não sei é por que você dá em cima de todas as garotas que você conhece...
     - Nem todas... – ele discordou, pensativo. – Você e a Manuela são um ótimo exemplo disso!
     - Isso não conta! Até porque você já me beijou, então o seu exemplo acaba de ser enfraquecido pelo meu argumento!
     - Nada a ver! O fato de já ter te beijado não tem nada a ver com isso... Até porque eu nunca daria em cima de você! Olhe para si mesma por um segundo...
     - Ei! O que tem de errado comigo? – perguntei, me sentindo completamente ofendida.
     - Nada, tirando o fato de você ser muito idiota! – ele riu.

     Eu tinha total certeza de que Lucas só estava falando aquilo para me deixar irritada, mas, ainda assim, não pude evitar pegar o meu travesseiro e começar a bater nele, com a maior força que conseguia.

      - Ei! Eu estou machucado. Para com isso! – pediu o loiro.
      - Ah, desculpa! É que eu sou idiota demais para perceber que você está sentindo dor...
      - Ah, então é assim?

    Lucas rapidamente puxou o travesseiro de minhas mãos e me derrubou na cama, deitando em cima de mim, em seguida. Eu não sei o que era pior sentir meus pulmões sendo esmagados pelo peso do besta do meu melhor amigo ou saber que até mesmo todo quebrado, ele é mais forte que eu.

    - Lucas, você está me esmagando... – sussurrei.
    - Eu sei! Essa é a intenção!
    - Qual? Me matar?
   
   Ele riu e tinha certeza que ia falar alguma besteira qualquer, quando bateram na porta. Lucas berrou, parecendo um completo anormal, mas sem se importar com o fato de estar quase me matando.

    Tudo bem, assim que a porta se abriu, desejei morrer mesmo! Justin estava parado lá com um sorriso lindo, que logo desapareceu, enquanto ele franzia a testa, aparentemente, estranhando a cena. É, eu não podia culpá-lo por isso! Não é todo dia que se vê uma inocente menina sendo assassinada pelo peso de uma baleia.

    - Hã... (Seu Nome), eu posso falar com você, um minuto? – perguntou Justin, ainda parado perto da porta.
    - Agora não é o melhor momento, Justin! – menti, com dificuldade de pensar em uma língua diferente, enquanto era esmagada. – Eu estou cuidando do Lucas agora e...
    - Claro que pode! – Lucas me interrompeu, saindo de cima de mim. – Afinal, eu não estou tão mal assim, que nem posso segurar uma compressa gelada, não é?

    Ele se levantou da cama, enquanto me olhava de uma forma suspeita, o que, de inicio, me deixou com raiva. Aquele retardado não podia me abandonar agora!

    - O que você está fazendo? – sussurrei, para que Justin não pudesse nos ouvir.
    - Estou provando o quanto eu amo você! – ele sorriu, antes de me dar um beijo na bochecha e caminhar até a saída do quarto.

   E então aconteceu algo que provou que o apocalipse está por vir... O Lucas passou pelo Justin e, ao invés de olhares raivosos e provocações, ele lhe desejou “boa sorte”. Como assim? Eu perdi alguma coisa? O que fizeram com meu melhor amigo?

   Tratei de recompor a minha expressão, quando Lucas finalmente saiu do quarto, batendo a porta e Justin se aproximou da cama. Endireitei minha postura, enquanto ele se sentava, me fitando.

    - Então... – comecei, não tirando os olhos do cobertor da minha cama. – Sobre o que você quer falar? 
    - Acho que você já sabe...

    Suspirei pesadamente, sem mover um músculo, nem falar nada. Queria que só por esse momento, Justin desaparecesse. Sei lá, mas agora simplesmente eu não tinha como fugir, nem usar a agressividade, porque seria, de certa forma, uma idiotice, comparado com tudo o que tinha dito pela manhã.

      - (Seu Nome), olha para mim... – pediu Justin, rindo.- Qual é? Eu não posso ser tão feio assim!
      - Você sabe que não é... – falei, pausadamente, enquanto dirigia meu olhar a ele. – Eu só não estou a fim de ter "essa" conversa, ok?
      - Por que você está agindo assim, hein? – os olhos deles eram críticos em mim. – Agindo como se tivesse medo de mim...
      - Mas eu não tenho, ok? Por que todo mundo não para de falar isso?

      Eu estava começando a ficar irritada sobre todas essas conversas de medo e riscos. Quis sair do quarto após disser aquilo, mas algo no modo como o Justin olhou para mim, fez com que eu desistisse. Bem, talvez eu tivesse sido um pouco injusta...

      - Desculpa! – suspirei. – Eu estava só... Pensando sobre algumas coisas!
      - Algum problema? – ele parecia preocupado.
      - Você me acha medrosa? – indaguei, ignorando sua pergunta anterior.
      - Claro... – ele riu.
      - Sério?
      - Por quê? – Justin ainda mantinha um sorriso nos lábios, embora seus olhos permanecessem preocupados. – Há algum problema em ter medo?
      - Eu não sei... Mas, em geral, “medrosa” não costuma ser uma característica muito notável, digamos assim!        
      - Então... - pensei que ele fosse me dizer algo inteligente, mas ao invés disso, continuou.- Você vai me contar qual é o problema ou vai continuar enrolando?
      - Não tenho um problema de verdade. Eu estava só pensando em algo que o Rodrigo me disse, ontem...
      - Achei que estivesse disposta a esquecer disso! – me lembrou Justin e eu percebi que ele não estava gostando tanto assim daquela conversa.
     - Eu praticamente já esqueci, ok? – reforcei a ideia. – Mas, eu não sei... Ele me chamou de medrosa de um jeito tão horrível. Eu fiquei me sentindo... Fraca, por isso! E, como se não bastasse, de cinco em cinco minutos, tenho que aguentar alguém me dizendo que eu estou com medo...
     - (Seu Nome), todo mundo tem medo de alguma coisa... Isso não faz de ninguém fraco. Eu, por exemplo, tenho medo de cogumelos, tubarões e de lugares fechados e apertados... Isso sem contar um pânico enorme de perder aqueles que amo... Incluindo você! – ele fez uma pausa para um suspiro. – Você me considera “fraco” por isso?
    - Não... – admiti, sorrindo. – Talvez você tenha razão! Eu só não consegui ficar sem pensar nisso, enquanto escutava você e a Manuela, mais cedo, falando sobre medo...  Talvez eu esteja ficando paranóica mesmo! 
   - Ei! Quer saber no que eu pensei, quando você começou a falar disso?- perguntou, enquanto sorrateiramente se aproximava de mim, passando a mão pelo meu cabelo.
   - No quê?
   - Na noite em que decidimos ver alguns filmes de terror e, então você se encolheu para perto de mim, com medo. Eu sinto falta disso... De você, perto!
   - É... – suspirei. – Eu também sinto!
   - Sério? – perguntou Justin e eu quase pensei que ele estivesse brincando, mas seus olhos demonstravam a real dúvida. – Então, por que continua se afastando?
   - Você que deixou que eu me afastasse, de inicio...
   - Então, é isso? Você vai jogar isso na minha cara para o resto da minha vida?
   - Não seja bobo... – sorri, sem humor. – Nós não vamos nos ver pelo resto das nossas vidas!
 
   Justin ficou em silêncio por um minuto. Ele parecia pensativo sobre o que eu havia falado e, só então eu percebi que talvez tivesse agido de forma uma pouco mais agressiva demais. Essa realmente não era minha intenção, mas soou tão verdadeiro, quando eu falei. Mais verdadeiro do que eu queria...

    - Desculpa... – sussurrou, enquanto voltava a olhar para mim. – Eu não tinha o direito de quebrar a minha promessa e magoar você, mas magoei! Você não tem ideia do quanto eu sinto muito por isso... Eu estou tentando fazer de tudo para compensar esse erro. Eu viajei até aqui, tentei conversar com você de várias maneiras diferentes, me enfiei em uma fantasia de príncipe e usei uma máscara que incomoda, para tentar chegar até você, mas nada funcionou! É como se nada que eu fizesse fosse trazer você para mim de volta...
   
    Respirei fundo, antes de perceber uma pequena lágrima descendo por minha bochecha. Precisei virar o rosto, limpá-la e recompor o meu lado orgulhosa, antes de finalmente me jogar na cama, pensando no que dizer.

    - Você deveria me desculpar também... – comecei, insegura. – Eu tenho sido uma idiota desde que você chegou aqui, mas eu fiquei... Com medo, Justin. Quando você chegou, eu corria um grande risco de voltar a sentir tudo o que sentia quando estava com você. Por isso, eu precisei te manter longe. Eu achava que assim diminuiria esse risco, mas foi inútil... Inútil, porque assim que você entrou por aquela porta e eu olhei dentro dos seus olhos, a minha ficha caiu por completo. Eu nunca deixei de amar você, apenas camuflei esse sentimento, porque, desse jeito, parecia que sua ausência doía menos.

    Justin sorriu para mim de modo doce, enquanto deitava-se ao meu lado. Ele suspirou pesadamente, parecendo aliviado, antes de dizer:

    - Fazia muito tempo que não tínhamos uma conversa completamente sincera, não é?  
    - Isso não foi apenas uma “conversa sincera”... – sorri. – Simplesmente, nós dois levantamos nossas bandeiras brancas! Parece que a guerra acabou, enfim...
    - Levantamos bandeiras brancas? – o tom de voz dele estava cheio de repulsa, o que me incomodou.
    - É... Algum problema?
    - Todos! – Justin riu, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Isso soa tão... Amigável! E ser SÓ seu amigo, definitivamente, não é o que o que eu quero...
    - Então, o que você quer?

    Justin não me respondeu, apenas endireitou-se na cama, debruçando-se sobre mim. Havia um sorriso safado no seu rosto, o que quase me fez soltar uma piadinha simples, mas não tive tempo. Assim que eu abri a boca para dizer algo, Justin me calou com um beijo. Ou, mais especificamente, o melhor beijo de todos.

    Suas mãos deslizavam por minha nuca, rosto e cabelo, enquanto nossas línguas se tocavam em uma perfeita sincronia. Aquela era, com certeza, a melhor sensação de todas. Era quase como a junção de todos os sentimentos mais perfeitos do mundo, em uma única ação. Sempre que eu sentia o beijo dele era como se eu estivesse completa, como nunca estive antes.

     Tinha quase certeza que eu não era a única a querer que aquilo durasse para sempre. Mas, infelizmente, em um momento, ele se afastou, dando uma leve mordida no meu lábio inferior, em uma tentativa clara de fazer com que eu enlouquecesse.

     - Então... Eu devo me desculpar por isso? – perguntou Justin, com um sorriso bobo no rosto, enquanto saia de cima de mim, sentando-se
     - Não... – falei, não conseguindo conter um sorriso também. – Não precisa dizer nada!

     Me endireitei na cama, rapidamente. Olhei para Justin por um longo momento, antes de abraçá-lo. Ele me apertou forte, pressionando-me contra seu corpo e eu suspirei, pensativa. Para falar a verdade, não sabia porque tinha tentando evitar isso por tanto tempo, afinal, quando eu estava com ele... Parecia tão certo!

    - Eu preciso de você, Justin! – admiti, me afastando um pouco, apenas para olhar em seus olhos.
   - Eu te amo, (Seu Nome)!

   Ri, pensando no quanto eu deveria parecer idiota, enquanto ele me falava isso. Parecia inacreditável, mas essas palavras me traziam ótimas lembranças de pequenas coisas que ele já havia feito por mim. Coisas que me fizeram feliz como nunca...

   - Qual é a graça? – perguntou ele, sorrindo, embora sua expressão fosse confusa.
   - Nada! Só... Estava pensando que senti realmente muita falta de dizer “Eu te amo mais!”...

   Os olhos deles brilharam daquele jeito que eu adoro, antes que eu o puxasse para um outro beijo. Não sei se era porque eu estava meio desesperada, mas esse beijo parecia muito mais urgente e quente que o primeiro. Não que isso fosse ruim...

   - (Seu Nome), você vai querer...

   Quase empurrei Justin longe, ao tentar afastá-lo o mais depressa possível de mim, quando escutei a voz da minha melhor amiga ecoando pelo quarto.    

   - Ai, meu Deus! – os olhos de Manuela se alarmaram, quando ela viu o que havia feito. – Ok, eu não queria interromper. Desculpa! O jantar está lá embaixo, se vocês quiserem... Tchau!

    E, então Manuela saiu, rindo e batendo a porta de forma exagerada de mais. Senti vontade de rir também só de pensar no quanto aquilo era embaraçoso. Mas esta passou depressa, quando notei Justin me fitando, aparentemente feliz por me ver toda sem-graça.

   - Bem... – comecei, tentando não ficar completamente vermelha. – Acho que não estou com fome!
   - Nem eu...

   Percebi que ele já iria me beijar novamente, quando algo passou pela minha cabeça, fazendo com que eu o interrompesse, mantendo-o longe de mim...

   - Espera! Isso quer dizer que nós voltamos? – perguntei, como boa idiota que sou.
   - Hã... Não! – ele falou, se afastando mais de mim.
   - O quê?

   Ok, aquilo, com certeza, não era o que eu esperava. Obviamente, eu só havia perguntado para me certificar. Ele tinha que ter respondido “sim, claro”. Era só o que me faltava agora. Finalmente, eu resolvi ceder aos meus sentimentos e agora esse bobão vai querer brincar comigo e me dar o troco por tudo o que fiz... 
   
    Eu já estava preste a externar minha insatisfação, quando notei Justin pegando algo no bolso da calça. Era uma pequena caixinha aveludada, que eu conhecia muito bem. Senti meus olhos se enchendo de lágrimas, quando ele finalmente a abriu, diante de mim:

    - Você decide! – falou. – E então, nós voltamos?
    - Você... Guardou minha aliança, desde aquele dia no aeroporto? – sussurrei, com a voz falhando, enquanto as lágrimas começavam a cair.
   - Claro que sim! Era a minha ligação com você... Eu nunca me desfaria disso! – ele respirou fundo, sorrindo. – E, então, o que me diz?
  - Claro que nós voltamos, seu bobo! Eu te amo... Para sempre!

   Justin colocou a aliança no meu dedo, novamente e, eu fiz o mesmo com ele, antes de voltarmos a nos beijar. Eu me sentia, exatamente como me senti na primeira vez que fiquei com ele. E como naquela vez, eu realmente não queria que a noite acabasse!
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Capítulo 23, lindas :)
    Não ficou tão bom quanto eu esperava, porque eu tive que escrever com muita pressa e tudo mais... Desculpem, mas, mesmo assim, espero que gostem, minhas amoras!

(PS: A imagem do post é da Ramsha Ilyas)

27 julho 2012

2. You Make Me Love You - Capítulo 22


Cansado, apenas.



Justin's POV

    
Quase não acreditei quando finalmente chegamos em casa. Ficar dentro daquele carro, já estava me deixando com claustrofobia e essas roupas não ajudavam. Embora estivesse frio, eu ainda me sentia idiota por usar casaco com capuz, quando não estava chovendo.
    
     Assim que entramos em casa, me joguei no sofá, arrancando aquele casaco e os óculos escuros de mim. Ryan fez o mesmo logo em seguida, enquanto as meninas davam total atenção ao Lucas.

    - Ok, agora eu PRECISO de um banho... Faz mais de doze horas que eu estou em cima desses trecos, nem sinto mais os pés. – miou Manuela, largando os sapatos em um canto. – Lucas, o telefone do restaurante está em cima da mesa. Você pode ligar e pedir o que quiser para o almoço, hoje!
    - Almoço? Já são quase 3 horas da tarde... – alertou o loiro.
    - Você vai ligar logo ou fica aí, chiando?
    - Ok! Posso pedir o que eu quiser MESMO?
    - Pode, só, por favor, não peça nada muito estranho! – falou Manu, antes de começar a subir as escadas. – Ah, (Seu Nome), você vem comigo! Ainda não terminamos de conversar...
    - Como assim “não terminamos”? – ela fez um biquinho, antes de seguir a amiga. – Você quer me repreender mais?
    - Quero! Agora, vamos...

    As duas subiram até o segundo andar, rindo, enquanto Lucas sentava-se na poltrona. Ele pegou o telefone e fez o que Manuela lhe pediu. Eu não prestei muita atenção no que ele falava. Aliás, não estava prestando muita atenção em NADA. A única coisa que enchia a minha cabeça era saber que já era domingo e eu teria um show no próximo final de semana. Eu precisava agir rápido...

    Isso se eu conseguir sobreviver até lá. Já faz bastante tempo que eu não converso com o Scooter, ele deve estar querendo me engolir vivo. Isso se contar as beliebers, que estão sem notícias minhas há um bom tempo. Mas eu não posso simplesmente entrar no twitter e começar a digitar um monte de besteiras. Eu não posso mentir para elas, mas também não posso dizer a verdade.

    - Obrigado! – falou Lucas, arrancando-me de meus pensamentos.

    Ele já havia desligado o telefone e, agora me fitava, embora sua expressão não fosse muito animadora. Na verdade, eu precisei olhar para os dois lados, uma vez, apenas para me certificar de que ele estava falando realmente comigo, mas, ainda assim, fiquei em dúvida. Então, perguntei:

   - Você falou comigo ou foi apenas impressão?
   - Por favor, não se faça de retardado, agora! – pediu, impaciente. – É óbvio que eu falei com você!
   - Então, você estava dizendo... – falei, induzindo-o a continuar.
    - Obrigado! – ele suspirou, parecendo cansado. – Por proteger a (Seu Nome)... Eu não sei o que faria, se alguma coisa acontecesse com ela...
    - Eu... Fiz o mesmo que você teria feito! – não era bem isso que eu queria falar. Eu queria mesmo era perguntar se aquele era mesmo o Lucas babaca e arrogante, que eu conheci quando cheguei aqui, mas achei melhor não.
    - É, não acho que eu teria deixado-o viver para contar a história, mas a intenção foi boa. – ele se levantou, indo em direção as escadas. – Talvez as coisas mudem por aqui...
    - O que quer dizer?
    - Quero dizer que se parar de errar com a (Seu Nome), eu posso até passar a respeitar você. Talvez parar de tratá-lo como o babaca que eu sempre achei que fosse! Em outras palavras, não haja como um idiota e não teremos problemas!

     E, então, ele me deu as costas e continuou em direção ao segundo andar. Ryan olhou para mim de uma forma estranha e eu sabia que ele ia dizer alguma besteira.

     - Hum... Parece que você impressionou o Lucas! Só falta fazer o mesmo com a (Seu Nome)...
     - Não fale como se você estivesse melhor do que eu! – retruquei. – Porque, pelo que sei, você está na mesma com a Manuela...
     - Pelo menos, minha namorada não me odeia! – provocou Ryan.
     - Pelo menos, eu TENHO namorada!
     - Tem é? – perguntou, irônico.
     - Ok, tinha... – falei, relutante. – Mas, pelo menos, nós ficamos juntos por um tempo. Você e a Manuela estão nesse rola e enrola há muito tempo. Cuidado que, uma hora, ela pode perder a paciência!
     - O que você quer dizer?
     - Bom, as garotas gostam de caras que tomam uma atitude! Você e a Manu já estão enrolando há muito tempo... Uma hora, ela pode começar a achar que você não quer nada sério e, então, desistirá de você!
     - Ok... – Ryan suspirou. – Eu vou dar um jeito de falar com ela! Eu iria fazer isso ontem, mas com aquela confusão no final da noite, não tive tempo!
     - Só estou falando que é melhor você ser rápido... – conclui.
   
     Ryan assentiu e, então virou-se para o outro lado, pegando o telefone celular no bolso. Eu fiz o mesmo, embora a claridade do meu celular estivesse fazendo meus olhos doerem. Acho que estava começando a ficar cansado...

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     - Justin?
    
     Senti balançarem meu braço inúmeras vezes, o que já estava me deixando irritado. I
a começar a reclamar, quando finalmente abri os olhos e percebi Manuela diante de mim. Ela estava rindo de mim, enquanto passava a mão pelo meu cabelo.

     - O almoço chegou, dorminhoco! – informou ela.
   
    Sorri, enquanto despertava do meu cochilo. Manuela pegou minha mão, me puxando até a mesa. Para falar a verdade, nem prestei atenção no que estava comendo. Estava realmente cansado. Se não me engano, levei o garfo vazio até a boca, pelo menos umas duas vezes, mas esperava que ninguém tivesse notado.
  
    Quando finalmente acabei, me ofereci para ajudar a lavar a louça, mas acho que Manuela percebeu que eu mal me aguentava em pé e me mandou ir descansar. A obedeci, quase rastejando até o sofá, sem condições de subir até o segundo andar.

     Estava quase pegando no sono, quando ouvi (Seu Nome) chamar Lucas para ir ao quarto com ela. Bom, ele tinha me falando umas paradas legais há algumas poucas horas, mas mesmo assim, eu já tinha visto aquele safado beijando-a uma vez, então não era seguro deixar que ele permanecesse sozinho com a minha princesa.

    Despertei mais do que depressa, enquanto pensava em alguma coisa que eu pudesse fazer. As coisas iriam mudar e isso iria acontecer hoje!    
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Capítulo 22 aí, lindas :)

  Enfim, sem muitos avisos por hoje, porque já tenho que sair daqui! Hahahaha
Espero que gostem e... Boa noite! :)

(PS: A imagem do capítulo é da Durito)